‹⟨ 22: A noite logo vai cair ⟩›

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Castiel continuou seguindo para o norte, na mesma direção que Darkvin seguiu. Ele ficou muito atrás, para não ser rastreado ou levantar qualquer suspeita. Numa noite escura e em uma floresta vazia, perturbada pelo silêncio, apenas os cascos de Dastiny esmagam os galhos e folhas secas das árvores, largados e abandonandos no chão. Com seu manto guardado na cela, mas sua armadura de couro preto está revelada completamente. O pingente de lobo branco no cabo de sua espada reflete a luz da lua, com os olhos de rubi chegando a brilhar. Toda vez que empunhar aquela espada, ele vai lembrar.

Avista uma movimentação estraha atrás de duas árvores. Desce de sua égua, a deixando para trás. Retira sua espada das costas assim que está perto o suficiente. Baixa a guarda quando percebe que é apenas um casal com sua carroça que teve as rodas quebradas.

—ah, meus deus!—a mulher de vestes humildes dá passos para trás, com mão no coração—quando vi esses olhos brilhando no escuro como de lobos, achei que você fosse um monstro!

—hum—responde com um resmungo. O marido se vira, ficando ao lado da mulher—o que fazem aqui tão tarde?—pergunta com a voz rouca.

—estvamos no caminho para casa, fomos parados por um grupo de soldados de Darkvin que passava, mas o garoto ali decidiu bancar o herói—aponta para quem quer que esteja atrás da carroça.

—garoto?

Do escuro, um garoto de revela e o caçador reage com certa surpresa, seus olhos se dilatam, mas nem tanto, suas sobrancelhas se arqueiam, mas nem tanto, ao descobrir que se trata de Dylan.

—só pode ser brincadeira.

—oi...—diz com um sorriso amarelo—tudo bem, Castiel?

—hãn, vocês se conhecem?—o homem de barba grisalha e magro pergunta.

—infelizmente—responde o caçador. Ele suspira—bom, acho melhor irem embora ou vão acabar se deparando com algo que já não vão gostar—ele dá as costas.

—espera!—o homem pede, enquanto Dylan não diz nada—pode nos ajudar? Por favor? Assim voltaremos o mais rápido possível para casa!

Castiel encara o homem, depois a mulher, depois Dylan que vira o rosto, depois a carroça com a roda quebrada.

—hummmm—resmunga suspirando.

—só mais um pouco, mais um pouco!—diz o homem em baixo do veículo enquanto Castiel e Dylan o levantam daquele lado. Fazem grande esforço para aguentar o peso absurdo da carroça. Ele sai de baixo—podem soltar!

A carroça é solta totalmente consertada. Castiel pensa por um tempo consigo. Com certeza vai se arrepender da ideia que teve agora.

—eu vou com vocês até metade do caminho, para garantir que estão seguros.

—oh, obrigada! Obrigada!—a mulher agradece.

—nós sabemos nos defender—Dylan recebe uma cotovelada do homem na barriga—au!

—eu vou pegar a Destiny.

Com a égua presa a carroça, ela começa a puxar o veículo. Castiel disse para o casal dormir enquanto ele os leva. Dylan ficou ao seu lado, motivado pelo olhar do caçador que fez os ossos do garoto tremer como palitos. Depois de algum tempo rodando pelo caminho, Castiel pergunta:

—o quê você faz com esses senhores?

Dylan o olha surpreso, olha pro lado oposto e depois para Castiel, apontando para si logo em seguida.

—tá falando comigo?

O outro suspira sem paciência. Tinha esquecido de como o garoto é irritante quando quer.

As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora