‹⟨ 12: Destino e caminhos misteriosos ⟩›

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À passos calmos, os dois seguem em silêncio pelo corredor longo iluminado pelas tochas.

A anciã quer que Edward fale primeiro, no momento em que se sentir confortável e seguro com sua presença. Não quer pressiona-lo ou deixá-lo desconfortável, no tempo certo. Tem as mãos juntas enquanto anda, sobre seu ventre em frente ao vestido branco com linhas douradas e manga curta.

Edward range uma unha na outra, engole a saliva. Como começar? Ela não é uma idosa, como pensei. Muito jovem.

—ahn, hã,—limpa a garganta. A elfo ao lado sorri com graça—qual seu nome?

—eu sou Aredhel, prazer.

—prazer... Eu, eu sou Edward—ela acena, sorrindo—eu achei que você fosse um pouco mais velha. Eles falavam de uma anciã e tudo...

—ah, não. Não sou assim. Bom, tenho 570 anos, mas estou longe de ter uma idade aparente assim—ri.

—nossa, eu tenho só 17.

—jura? Se fosse um elfo, teria a idade do Loren.

—sério?—se antena—quantos anos ele tem?

—hm, 80 anos.

—ah, nossa!—se espanta.

—nós fomos a primeira raça a existir, somos a mais antiga. Estamos aqui desde o início de tudo, quando o próprio Ahady criou nosso mundo—param o andar. Aredhel retira uma tocha ao lado, ilumina a parede marrom parecida com geso. Nela, há desenhos antigos e quase  inexistente, gastado pelo tempo—sabe, Edward, os relatos que Loren e suas irmãs me passaram, são muito parecidos com relatos da antiga era de Halla, a era de ouro do nosso mundo. Ahady criou nosso mundo, a essência, uma força primordial de tudo se mostrou em nossas vidas e destino. Há seres sensíveis ao seu poder, e os primeiros heróis existentes foram chamados de Cavaleiros Prateados, seres tão poderosos que eram o pequeno concelho de Halla e todos eram governados pelo mais poderoso entre eles—iluminava as paredes, mostrando a história gravadas nelas. Edward, tinha seus olhos brilhantes e com certo encanto para suas palavras—obviamente, o bem não reinou sozinho. O lado das trevas surgiu traiçoeiro, liderados por um tirano de nome Zarkharon. Com suas manipulações ele dividiu causou um conflito que foi a ruína da família do rei de Halla e líder dos Cavaleiros. Ele aproveitou a fraqueza do concelho, causou a intriga entre Elfos e os homens, derrubou os heróis Prateados e formou seu império liderando os Sombras. Bem e mal, sempre lutaram, não importa os caminhos escolhidos. A era de ouro acabou, Ahady se foi, o império reinou até ser derrubado pelos últimos cavaleiros da época, então todos se foram... Mas o mal não morre, ele aguarda o momento certo para atacar.

—nossa...!

A atenção do menino se concentra num desenho que já viu antes, por esse mesmo lugar, o desenho de um leão glorioso e poderoso. Parece o símbolo desse povo, o símbolo usado pela era de ouro. Essas histórias, encantam o garoto de tantas formas que é impossível seu coração não bater por mais descobrimento sobre este passado que se perdeu no mundo.

—existe... Uma profecia—Aredhel produz sons agudos de seus sapatos enquanto caminha. É seguida pelo garoto enquanto lhe mostra as pinturas—de alguém, alguém nascido com o poder dos Prateados, esse alguém, seria responsável por salvar ou destruir nosso mundo...—fita os olhos azuis do menor—e eu acredito que é você, Edward.

Um arrepio navega pela espinha do garoto. Fica perdido, atônito e sem ter algum ponto fixo pelo qual olhar. Engole a saliva na garganta, molhando os lábios com sua língua e bagunça seus cabelos com as mãos.

—isso... Como isso..? E-eu...—sua respiração se acelera.

—nunca foi visto alguém com um poder como o seu, desde o final da era.

As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora