Destiny segue por um deserto rochoso, banhado pelo sol. Em cima, Castiel segue o caminho, coberto pela sua manta preta. Seus olhos amarelos percorrem cada pedra dali.
Desce da égua, a prendendo numa árvore seca, atrás de uma rocha grande. Faz um carinho na amiga, antes de seguir a pé sozinho. Foi por aqui, eles disseram. Está com a atenção no chão, em busca de rastros ou vestígios deixados. É quase como um GPS, sabe se guiar. Algo é destacado. Com um joelho no chão amarelo, pega uma lasca preta presa numa pedra. Restos de escama. Levanta o queixo, olhando para a direção à sua frente.
A entrada para uma caverna escura e silenciosa. Parte para lá. A entrada é grande, mas o local é profundo. Baixa o capuz e retira sua espada das costas. Parte para dentro do local, segurando o cabo com as duas mãos. Seus olhares são rápidos e analíticos. Há sons de goteiras, uma unidade no ar, refrescante, perfeito para uma toca.
Segue por um corredor formado naturalmente pelo tempo. Ergue sua palma esquerda, acende uma chama para iluminar seu caminho. Mais profundo, um cheiro estranho paira no ar. Enxofre?
Uma luz literalmente no fim do túnel. É rápido em chegar até lá. Um grande espaço, grande mesmo, com pequenas aberturas no teto, uma luz natural. Silêncio, apenas.
Em suas costas, do teto, uma calda desce, escamosa com um ferrão torto na ponta redonda. A calda de um escorpião preto, mas muito, muito maior. Ela fica atrás de Castiel, pronta para a atacar. Os olhos do caçador movem-se para a esquerda, nos cantos. A calda se afasta, para um bote certeiro. Castiel aguarda. Ela ataca violentamente. Ele rola para direita.
Se levanta. No teto, o dono do ataque. Um grande escorpião de seis pernas, grandes garras afiadas e retorcidas, cabeça achatada, dez olhos vermelhos ao todo, mandíbulas que se abrem e revelam fileiras de dentes, uma calda longa com um ferrão venenoso e ainda, sua cor, todo preto como carvão. Suas escamas da couraça de suas costas, chegam a refletir um pouco a luz do teto.
—RRRRRRRAAAAAAAHHHHHH!!!!
—merda!
Ele pula do teto, Castiel rola em uma fuga. O monstro move suas pernas retorcidas, virando seu corpo para encarar o invasor.
—RAAH!
O caçador retira seu pano, segura sua espada com as duas mãos. O monstro ataca. Seu ferrão é sua espada. Castiel se defende, trocando golpes. O ferrão se afasta e da um bote, ergue a espada, bloqueando.
—AHRG!!
A força da criatura, faz seu corpo ser levado para trás, mesmo com a força de vontade contrária. Seus pés se arrastam no solo pedroso e arenoso. Sons de estalos são emitidos pela boca do monstro, parece estar curioso em como o invasor sobreviveu por mais de dez segundos em suas garras. Se irrita. Puxa o ferrão de volta. Gira seu corpo, batendo com a lateral da calda no inimigo, lançando Castiel para o outro lado do recinto.
Bate contra a parede que racha, despenca entre as pedras, batendo o rosto no chão. Busca achar sua espada. Está longe e o escorpião corre em sua direção.
Castiel se levanta e lança sua mão para frente. O monstro é jogado pela força invisível do poder do caçador. Caí de costas e se agita com a dificuldade de levantar. Castiel corre até a espada, o monstro finalmente consegue ficar de pé. Dá uma rasteira com a calda, Castiel caí com o rosto na poeira.
—ah!
Sua garra o puxa pelo calcanhar, batendo suas costas contra uma pedra que é arrasada, em seguida, para o outro lado. Fica no chão enquanto seu corpo grita por socorro. Se põe de pé. O ferrão ataca em outro bote. Levanta um braço, criando um escudo invisível. A cada golpe, perde o equilíbrio mas restaura o poder.
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As Crônicas de Fogo e Sangue: Hunter
Fantasy"O destino tem caminhos misteriosos". Já deve ter ouvido essa frese, não? Pois, bem, ela é verdadeira. A prova para isso está aqui, onde três almas que buscam diferentes objetivos de vida e possuem o destino entrelaçado e conectado. Um caçador que n...