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BOM DIA, BOA TARDE E BOA NOITE 

Sejam bem-vindos #badbuddylovers

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Se um dia ele elogiou Ohm Pawat hoje era o dia de seu arrependimento, desde que chegou o garoto mais velho não calou a boca um segundo, provocando e brincando com todos ao seu redor. Claro! Ele era muito fofo e sinceramente muito mais bonito pessoalmente. Mas, Nanon estava cansado, havia ficado no estúdio até tarde gravando a base para sua nova música, e agora não conseguiam terminar a leitura daquele maldito roteiro por causa do garoto que mais parecia um labrador filhote.

- Certo, certo, agora sente-se. – Aof o acalmou pelo que foi a décima vez. – Hora de ser sério e ler o roteiro, todos querem ir jantar e descansar.

- Até que enfim. – Nanon suspirou e murmurou, Ohm o encarou e o sorriso sumiu de seus lábios.

- Desculpe, estou animado. – Ele disse tão baixo que Nanon quase não o ouviu.

Depois que ele se acalmou, a leitura do roteiro fluiu, algumas horas depois, e todos estavam a caminho do restaurante  próximo ao prédio da empresa. Comeram o quanto suas barrigas aguentaram, e beberam o quanto podiam, nos próximos dias começariam os treinamentos para as filmagens, e eles não poderiam mais se dar ao luxo de perder tempo com coisas do tipo.

Nanon se divertiu, mesmo que ainda estivesse irritado, evitou olhar para o mais velho durante toda a noite, viu ele brincar e se aproximar de todo mundo, mas não deu espaço para que ele se aproximasse. Não o odiava, claro que não. Só que ele era do tipo organizado e centrado, Ohm seria uma dor de cabeça.

Depois de colocar todo mundo em taxis, e carros da empresa, Aof se retirou, deixando apenas Nanon e Ohm esperando seus carros. Não queria reparar, mas viu que o mais velho estava desanimado, sentado segurando uma lata de cerveja.

- Você pediu um táxi? – Deveria continuar calado, mas algo dentro dele ficou ansioso.

- Sim. – O sorriso foi tão pequeno que ele começou a ficar preocupado.

- Está tudo bem? – Se viu sentando ao lado do mais velho, que deixou a lata para encara-lo.

- Eu te irritei, não foi?

Claro que ele tinha percebido, Ohm pode parecer "bobo", mas é muito perspicaz, não teria crescido nessa indústria se não fosse no mínimo esperto. Ele estava tão animado, pelo menos quatro, dos atores no filme, eram ídolos para ele. Era como se fosse natal todos os dias. Só que viu quando os olhos de Nanon se tornaram irritados, e como ele suspirou cansado do comportamento dele. Durante o jantar não o olhou nenhuma vez, estava triste.

- Eu sou um pouco demais quando fico animado.

- Não. – Viu Nanon sorrir sem graça. – Quer dizer, você parecia um cão filhote destruindo tudo. Mas está tudo bem, todo mundo gostou de você.

- Você gostou de mim?

Os olhinhos redondos pareciam até brilhar, para o inferno esse menino com olhos pedintes e franja lisa, como ele podia ser tão fofo?

- Sou conhecido como chato, não tome como algo pessoal.

- Você não me respondeu.

Ohm se aproximou milímetro por milímetro, se permitindo testar os limites do mais novo, quando viu a língua umedecer seus lábios, sorriu. Desta vez foi um sorriso enorme e sincero.

- Pode se distanciar um pouco?

- Claro.

E lá estava ele e seu comportamento de labrador. Nanon balançou a cabeça sorrindo, no mesmo momento percebeu que seria muito perigoso trabalhar com alguém que tem esse poder. Poderia se irritar, chatear, mas nunca conseguiria nega-lo. Precisava se proteger.

Alguns minutos depois o táxi de Ohm chegou, e a mãe de Nanon apareceu para busca-lo, como estava mais perto de casa, ligou para ela, assim aproveitaria o ultimo dia de descanso com ela e sua irmã mais nova.

Quase de madrugada, quando já estava além do sono, viu em seus sonhos olhos escuros e pidões, um sorriso aberto e quase infantil. A noite toda seus sonhos foram povoados por Ohm Pawat. 

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OBRIGADA POR LER ATÉ AQUI!

Se sente saudades de Pat e Pran se escondendo pela faculdade, está no lugar certo. 

LUZ, CÂMERA, PAIXÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora