Jungkook só quer entender porque seu namoro acabou. O mar, a areia, o vento - nenhum deles lhe trouxe a resposta. Vivendo em um trailer nos fundos da casa de sua única amiga, ele tenta seguir seus dias acinzentados e sem expectativa enfiado em livro...
═════ Oioi, como vcs estão? Eu fico um pouco perdida nos capítulos porque enquanto aqui é o 9, eu já tô escrevendo o 16 KKK então nem sempre vou me lembrar do que acontece nos capítulos. Por favor, não esquece de deixar um voto e um comentário no final da leitura para eu saber o que estão achando. Até a próxima 💜 ═════
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
J U N G K O O K 29 de julho, 7:34pm
🌌
Após o anoitecer, naquele momento exato onde a lua surge de trás das nuvens e brilha timidamente no céu escuro, Jungkook estava caminhando na praia de volta para seu trailer e após deixar Lany para trás com um grupo de amigos, ele decidiu que ir embora era a melhor opção.
Era uma longa caminhada até o píer, mas de onde estava podia observar a roda-gigante iluminada por luzes rosa e azul, tremeluzindo sob a luz das estrelas enquanto uma pequena multidão se amontoava ao redor. A atração principal do píer, além da Route 66, era o clássico carrossel construído em 1922 dentro de um grande salão que o protegia da brisa do mar. Era um de seus lugares favoritos quando criança e lembrava-se de todos os fins de semana do verão sua mãe trazê-lo para se divertir um pouco antes do entardecer.
Se fechasse os olhos, podia ver sua mãe parada do outro lado da grade de segurança com um pequeno pacote de pipoca doce em mãos enquanto acenava para o filho. Jungkook adorava a imagem borrada dela passando por seus olhos, fazendo-o se sentir seguro até o carrossel parar.
E agora que cresceu, sentia falta desses momentos.
O Pacific Park estava em todas as suas memórias relacionadas a sua mãe. Era como se aquele lugar existisse por causa dela, porque ela gostava de passar o tempo ali.
E Taehyung.
Ele também estava em cada canto em que Jungkook pousasse os olhos; a cor das luzes do fliperama, o reflexo do sol na água ao entardecer, no cheiro da chuva e no toque do vento gelado durante o inverno. Taehyung estava impregnado na pele dele, em seu coração e em sua alma. E apesar de ter sentimentos por ele, Jungkook queria esquecê-lo. Queria apagá-lo de sua vida e depois, juntar os caquinhos e recomeçar.
Isso era possível? Ou as pessoas somente seguiam em frente sem recomeçar verdadeiramente? Eram duas coisas diferentes.
Jungkook aprendeu a lidar com a ausência da mãe, mas nunca conseguiu recomeçar. Pelo contrário, era como se ele regredisse sempre que tentava progredir, era um passo para frente e dois para trás e como viveria assim?
Com um suspiro pesado, afastou tais pensamentos da cabeça e encarou os pés cobertos de areia, tentando não pensar nas pegadas que deixava para trás. Era somente isso que significamos, como pegadas no tempo que após a próxima onda não existirão mais.
Tal reflexão o fez sentir medo da morte.
— Valeu, cérebro — murmurou com sarcasmo. Mesmo que não tivesse medo de morrer, pensar sobre a morte era mórbido.
