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Tereza mata um leão por dia para dar conta de todas as suas responsabilidades, mas engana-se, quem acha que ela vive chorando pelos cantos.
Aos 23 anos, sua irreverência, alegria constante e um gosto para moda um tanto con...
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Tereza
Tomei uma dose cavalar de remédio, estou com muito sono. Não sei o que houve.
Depois que entrei no carro dos ricaços na porta do hospital, meus olhos pesaram e sucumbi ao sono pesado. O lugar que estou dormindo é tão gostoso, macio e cheiroso.
Espera, onde estou? Não é o sofá duro da kitnet da Milena. Abro os olhos, estou num lugar chique. Onde é isso.
Meu Deus, o que fizeram comigo? Passo as mãos pelo meu corpo e sinto minhas roupas. Pelo menos estou vestida.
Que horas são? Vejo minha mochila numa cadeira, e vou até lá pegar meu celular. Tem várias ligações da Milena.
— Mila, tudo bem?
— Mila? Tereza Souza, estou desesperada em busca de notícias e você toda, oi Mila? Onde você se enfiou?
— Longa história, mas eu tive um imprevisto no bar e acabei machucado minha mão. Mas está tudo bem. Depois eu explico.
— Onde você dormiu? Pelo menos isso eu preciso saber.
— Na casa de um cliente do bar.
— O QUÊ? CLIENTE DO BAR? Você está me dizendo que saiu com um ricaço?
Afasto o celular do ouvido com o grito dela — Não é o que você está pensando. Não aconteceu nada, a namorada dele me deu um pisão. É isso.
— Que conversa estranhaé essa? A mulher tem machuca e você vai para a casa dele?
— Mais ou menos isso. 2 Falo entre um bocejo e outro. Agora eu preciso ir, depois falamos. Estou atrasada para o serviço. — Me despeço e sigo para o que eu acredito que seja um banheiro.
— Uau. É lindo. A Talita e minha mãe iam amar isso aqui. Mas vamos acordar pra vida, Tete. Realidade, filha, estalo os dados. Será de quem é esse lugar?
Tomo um banho rápido, pego uma roupa na minha mochila. Que graças a Deus é de lona e não molhou nada.
Retiro a toalha e enrolo na cabeça, quando a porta é aberta e dou um grito, tentando me tapar. Ele pede desculpas e fecha a porta imediatamente.
— Merda, estou na casa do homem lindo. Meu Deus ele me viu nua. Como ele entra assim, sem bater?
Pego uma calcinha e me visto. Coloco meu short jeans e uma regata, calço meu tênis molhado. Retiro a toalha dos cabelos.
Trouxe um creme na bolsa e uso para dar uma arrumada neles, enfio minhas coisas com dificuldade na bolsa, por causa da minha mão.
Vou até a porta e abro. Ele já não está. Deixo aberta e coloco a cabeça para fora. — Pode vir. — Volto e vou arrumar a cama. Ele entra em seguida.
