20 - Os pingos nos is.

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Benício

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Benício

Conversamos e parece que ela entendeu o real significado da minhas palavras. Mas não tenho certeza de nada, em se tratando da Tereza. Agora estou sozinho, na cozinha, vendo seu delicioso corpo se afastando de mim.

Resolvo nadar. Isso me acalma. Coloco uma sunga e desço para a piscina, não a vi mais depois da nossa conversa. Agora é hora de me manter afastado e esperar que ela assimile tudo que falei.

Os quartos ficam com a varanda virada para a área da piscina e de onde estou eu a vejo me observar nadando, finjo que não vi, mas sorrio com satisfação.

Estou voltando para casa e a vejo no sofá, conversando com alguém, ela não me vê, mas eu sou um filho da puta mesmo e fico ouvindo.

— Mas ele me sequestrou, mãe.  Eu não sou namorada dele.

— Ele que procure as dondocas com cara de boneca de porcelana e conta bancária gorda, eu não vou ficar com ele. — Balanço a cabeça, negativamente.

— Gosto, gosto muito, mas posso desgostar. Na verdade, eu o amo,  mas ele não vai saber disso.

Meu peito da uma batida forte. Sorrio vitorioso. Ela me ama, isso é um fato, e vou reconquista-la, essa mulher é minha, ninguém atravessará o meu  caminho para atrapalhar o meu objetivo de tê-la somente para mim.

Resolvo me afastar vou tomar um banho, com uma alegria diferente. Agora entendo o porquê de quem está apaixonado ficar parecendo um palhaço.

Vejo que ela já tomou banho. Queria sentir seu cheiro, seu beijo, mas não é o momento.

Coloco uma bermuda e camiseta, resolvo preparar um jantar. Eu dispensei os funcionários para ficarmos mais a vontade. Vou até ela, saber se ela deseja comer.

Chego por trás do encosto do sofá e toco seu rosto. Ela se vira assustada. — Estou com fome e acredito que você também. Me ajuda num jantar?

Ela se senta e confirma. Está usando um short muito curto e um  top. Onde será que ela busca referências de moda? 

Como pode achar bom algo tão nu? Se fosse só eu a vê-la assim, tudo bem, mas só em pensar que ela ande por aí desse jeito, gelo por dentro.

Estamos em silêncio e eu resolvo abrir um vinho. —  Aceita tomar uma taça comigo?

— Por mim, tudo bem. — Ela fala olhando a taça em minha mão. Eu a entrego e ela vota a cortar a carne.

Coloco a garrafa ao seu lado e vou buscar outra taça para mim. — Achei que fossemos tomar a mesma taça, mas foi só o jeito de falar,  né? — Paro com a mão no ar. Olho de volta.

— Ah, pode ser. Me expressei errado. — Volto para perto dela com a garrafa e sirvo mais. Pego a taça e dou um gole. Se vamos dividir a mesma taça, é um bom sinal.

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