29 - O meu furacão (Fim)

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Benício

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Benício

Tereza está dormindo após nosso sexo quase que diariamente. Ela anda insaciável.

Fico olhando seu rosto satisfeito pós orgasmos. Ela é linda. Com nossa pequena na barriga. Perfeita.

Quando entrei naquele bar, naquela sexta-feira. Eu achei a ideia estúpida.

Bar lotado, ambiente barulhento. Nada fazia sentido. E então ela apareceu. E de alguma forma, eu sabia que nada mais seria do mesmo jeito.

E tinha que ser ela. Atrevida, fala alto, roupas curtas, extravagante. Que sorri e abraça todo mundo. Que dança de forma sensual,  sem se importar em ser observado.

Essa parte, eu jamais acostumarei. Mas que demonstra afeto o tempo todo, e por cima é ciumenta. Igualmente a mim.

Eu sempre primei pela polidez, elegância, discrição, me vi envolvido por uma mulher completamente fora dos meus parâmetros. Era inadmissível. Tentei lutar contra.

Me vi apavorado, quando me dei conta que a amava. Eu que sempre achei o ciúmes e amor, sentimentos que nos enfraquecem.

Então, lá estava eu, me corroendo, só em imaginar algum homem olhando seu corpo, tocando sua pele, ganhando seus sorrisos. Eles eram meus.

Quando paro para pensar em quem eu era e menos de um ano. Um homem vazio, frio, triste.

Minha vida era organizada, mas não tinha surpresa, entusiasmo, vontade, desejo. Ela despertou o prazer das pequenas coisas.

Obviamente, nunca serei o homem mais sociável do mundo. Continuo detestando aglomeração, barulho e ódio pagode com todas as minhas forças, mas a amo, e por ela, eu tolero tudo isso.

Não dá para fragmenta-la de quem ela é. Nem teria graça. Suas peculiaridades fazem dela, única, minha.

E eu sei que de tempos em tempos, ela me dará uma amostra grátis de teste cardíaco. Porque essa mulher tem o dom de testar meus limites.

Estou aguardando ansioso por ela, no pequeno altar. E quando as portas se abrem, surge a mulher mais incrivelmente linda,  mas não seria ela, se o vestido fosse formal.

Não, ela tinha que que usar um tecido transparente e decotado. Mas o sorriso dela, me fez esquecer de todo o resto. O amor da minha vida estava caminhando em minha direção, trazendo no ventre, o fruto desse sentimento.

 Viajamos para Capadócia. Foram duas semanas de viagem, ela estava tão feliz, que nem reclamou de ter que se vestir de forma mais recatada. Fomos além da Capadócia, Istambul e Nerut.

Os meses foram passando e finalmente Luiza nasceu. Linda, forte, de parto normal.

Minha esposa foi guerreira e depois de 8 horas de trabalho de parto e eu já estar quase colocado o hospital abaixo, porque estava achando que ela estava sofrendo demais. Eu finalmente peguei minha filha nos braços.

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