26 - doces, abraços e sorrisos

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Benício Alguns dias antes do encontro com a Tereza

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Benício
Alguns dias antes do encontro com a Tereza.

Estava tentando agir como alguém correto e não colocar meu detetive para encontra-la. Até porque eu tinham medo do que ele pudesse descobrir. 

E foram os dois mais fodidos meses da minha vida, e nada dela voltar. Segundo a Milena, ela precisava descansar.

Não ter ideia de onde ela possa estar, e junto a saudade, me deixou de fato abatido.

Essa semana, eu estive com o pai da Pamela em minha sala, ele foi me procurar depois de tanto tempo, que fiquei surpreso, veio jogar em minha cara, que eu usei a filha dele.

Eu poderia muito bem contar o que eu sei sobre ela, e perguntar, quem usou quem. O fato é que não sou eu quem tenho que falar qualquer coisa a ele, e sim a Pamela.

— Você agiu como um moleque, Benício. — Antônio fala visivelmente irritado.

— Cuidado como fala comigo,  Antônio. Eu não estou em um bom momento. Você pode não gostar do resultado dessa conversa. Você tem muito mais a perder se me ofender, que ao contrário.

— Você levou a Pamela na conversa por quase quatro anos. E a deixou por uma prost-

— Nem termina. — Falo e me levanto. Eu acabo com sua reputação. E você sabe que posso te afundar de um jeito,  que você não conseguirá contrato nem para construir chiqueiro.

— Está me ameaçando?  Acha que construí minha reputação sob mentiras?

— Não é uma ameaça, é um aviso. Se eu falar isso. — Mostro dois dedos juntos  para ele. — Você cai. Você não estaria tão incomodado com o fim do noivado, se eu fosse menos importante.

— Eu me livrei de uma cobra em minha família. — Ele se levanta e segue para a porta.

Fico olhando para sua cara e imaginando quando ele descobrir que a filha namora há cinco anos a secretaria dele. A pose de pai tentando recuperar a honra da filha, cairá por terra.

Ele viu que não teria como medir forças comigo. Quem vê, acredita que é um pai realmente preocupado. Mas nunca fez questão de esconder que tudo não passava de uma negociação.

[...]

Era um domingo e estava enclausurado em meu apartamento. Meu irmão vem me visitar. Assim que abro a porta,  muito a contra gosto, ele fica parado me analisando.

— Você não pode continuar assim, Benício. — Ele aponta com a mão em minha direção. Eu estava segurando um copo de bebida.

— Só veio falar isso pra mim?  Recado recebido, pode ir. Não quero conversar. 

Estou fechando a porta e ele a segura, impedindo-me de fecha- lá. Solto o trinco e me volto para dentro. Ele vem atrás.

— Bene, estou realmente preocupado com você. Não se destrua dessa forma. Você precisa de ajuda profissional. — Ele me olha com pena. —  Você está se punindo pelo que fez com ela. Isso não a trará de volta.

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