17 - A festa II

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Tereza

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Tereza

Entro no banheiro e minha cabeça dá um giro. Opa, a taça parece pesada demais. A coloco em cima da bancada, respiro fundo e resolvo usar o banheiro. Estou sentada no vaso e escuto alguém entrando.

Meu corpo parece pesado. Acho que vou seguir o conselho do Lucas. Pegar leve. Preciso comer alguma coisa. O piso está ficando fofo e escorregadio.

Me seco, subo a calcinha, abro as portas e dou de cara com ele. Solto um gritinho.

Ele me olha de um jeito que eu não consigo entender. — Da pra explicar que porra você está fazendo, Tereza?

— Usando o banheiro. — Falo e sigo para a pia, lavando as mãos. Ele não deveria causar esse efeito todo sobre mim. Mas me sinto sufocada com sua presença.

— Não brinca com a minha paciência, você tá muito abusada, não acha? — Ele diz e aperta os olhos. — Sem brincadeiras irônicas. O que acha que está fazendo?

Olho para ele que está de terno preto, cheiroso, lindo e maravilhoso, então me lembro dela. Volto a ver que ele é um filho da uma puta. Com perdão à mãe dele.

— O Lucas não é o que você está pensando. — Estico a mão para pegar a taça e ele a pega antes, virando o líquido na pia.

— Ei, o que pensa que está fazendo?  Vou voltar para minha mesa e meu acompanhante.

Ele me olha de cima abaixo. — Ele te deu esse vestido? Está parecendo uma... — Molha os lábios com a língua.

— Parecendo uma puta. Talvez eu seja. E só menti para você. Vai que eu tô fazendo um programa.  Acho que falei demais. Penso.

— Para de falar merdas. — Ele se aproxima. — Você está fedendo a álcool. Você não volta para aquela mesa. — Ele diz entre dentes.

— Você não manda em mim. Sua noiva deve estar te esperando. Porque não vai lá e cuida da moça de família e deixa a romeira aqui de lado.

— Tereza qual o problema com você? - Ele tenta me tocar. Eu esquivo. — Porque tá agindo assim?

— Desde que entrou em meu caminho, tudo começou a ruir. — Falo olhando em seus olhos.

— Você acha que estou diferente? — Ele fala e sorrio um pouco mais alto que gostaria. E encosto na parede.

— Não vou discutir com uma bêbada. Vem, o Josias vai te levar. Você não está bem.

Ele passa o braço em minha cintura, me levando para fora, eu tento me desvencilhar, mas quase caio, ele só faz não com a cabeça. Estamos entrando na casa e o Lucas nos alcança.

-)— Me roubando a companhia, primo? — Ele para de uma vez e minha cabeça gira. Logo o Felipe aparece.

— Bene, não caia na provocação dele. Vem, deixa isso pra lá. Trás a Tereza, ela não está bem.

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