6 - Que se dane a privacidade

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    Saio da casa da minha agora quase senhora Ferreira

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    Saio da casa da minha agora quase senhora Ferreira. E resolvo ir visitar minha mãe.

Chego e ela vem me receber com abraços e beijos. Espero ela ter certeza que estou com saúde e em bom estado e só então ela me solta.

— Que saudades. Você tem demorado demais para me visitar.

— Mãe! Não tem dez dias que eu estive aqui.

— Beni! Ela me chama pelo apelido carinhoso, eu detesto abreviações do meu nome, mas já desisti, eles só me chamam assim.

— Mães querem ver suas crias todos os dias.  Seu irmão, ficou mais de um ano fora e nem apareceu aqui desde ontem.

Vamos andando e eu cumprimento meu padrasto.— Romão, tudo bem?

— Tudo sim e com você?

— Estava na casa dos pais da Pamela. Vamos marcar a data do nosso casamento. Falo enquanto me sento.

— Filho. Você vai mesmo levar essa loucura adiante? Vocês serão infelizes. Não vê isso?

— Mão, não estou me casando por amor. Eu nem sei o que é isso. Estou me casando  porque acho importante um homem de negócios ter uma esposa. Passa mais credibilidade.

— Você não tem medo de isso desandar? — Meu padrasto pergunta. Ele é muito discreto e raramente faz algum comentário sobre meu relacionamento.

—Amor, óbvio que isso vai desandar. Minha mãe fala  olhando para ele. — Você não se permitiu amar,  mas quando acontecer, será a coisa mais incrível da sua vida. Dessa vez se dirige a mim.

— Essa história de novo. Que vou ver a vida com outros olhos. Eu sou um homem pragmático. Essas coisas de sentimentos, paixão, não acredito nisso pra mim.

— Você quer mesmo terminar a sua vida ao lado de uma mulher que não gosta de você e que você não sente  nada por ela? A Pamela, nem tesão ela desperta em você. Lá vai minha mãe desbocada.

— Mas temos um combinado. Isso não é problema para nós. Ela sabe o que estou disposto a oferecer e também sei o que eu quero dela. Um rosto bonito, classe e elegância.

—Você já se ouviu?  Vida a dois não é negócio.

Estava começando a contestar minha mãe e meu irmão entra em casa com uma mulher do lado. Ela é negra, alta, e deve vestir manequim 46 ou mais. E com um  sorriso muito bonito.

—  Família, que bom estar todos aqui. Essa é a Laura. Minha esposa.

Quase deixo meu copo cair. — Esposa? — Fazemos um coro.

Me levanto e vou até ele. Dou um aceno com a cabeça para ela e puxo meu irmão. — Que história é essa de esposa?

— Esposa. Me casei em Genebra, ela trabalhava na universidade que eu estava fazendo especialização e acabamos nos apaixonando.

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