Capítulo 27°🦋🟣

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Ainda não consigo acreditar que Cailan me deixou ir

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Ainda não consigo acreditar que Cailan me deixou ir. Como pode? Ninguém me perguntou se eu queria ir. Todo mundo escolheu por mim, não posso voltar já que não me quer perto.

Mais cada célula do meu corpo implora por ele, se pudesse arrancaria esse sentimento do meu peito com toda a força, mais não consigo ou talvez não queira. O amor é assim, forte e pesado. O amor não correspondido é o pior de todos os amores, desejar um pessoa que não senti o mesmo e que o único desejo que senti e ficar o mais longe possível. Machuca, com certeza.

Uma sentimento de abandono, decepção e rejeição. Como faz para não sentir, ficar fria. A dor não é insuportável, dá para conviver e fingir que nada está acontecendo por fora, mais ninguém quer conviver com a dor andando ao seu lado e sufocando sua felicidade com tanta facilidade e vontade.

O ar fica pesado quando o travesseiro já está ensopado de tanta lágrima, pedindo no silêncio da sua mente por uma felicidade que já não parece tão fácil e muito menos perto. Fecho os olhos e apenas consigo visualizar seu rosto, as noites de sono foram embora. Como posso sofrer por alguem que não quer saber de mim? Não sei, talvez tenha que perguntar para meu coração que nesse momento está mucho e com os batimentos tão fracos.

— Melissa, tudo bem? — Rose, entra dentro do quarto com um bandeja de comida. Todos os dias são assim, já faz quatro dias que não sei nada sobre ele e estou trancada nesse quarto.

Não respondo sua pergunta, está tão visível que não está nada bem.

—  Sua ferida está melhorando, daqui a pouco vai resta apenas uma cicatriz— sorriu, sentando ao lado da cama— Hoje terá um jantar, seu pai perguntou se você não quer ir?

Jura? Ela simplesmente vai tratar como se tudo isso fosse tão normal. Rose disse que eu estava ficando com um bandido e tal, mais o Miguel é o quê? Meu Deus, ela tão hipócrita.

Reviro os olhos em total aborrecimento.

— Não faça isso mocinha, agora você vai nesse jantar — levantou, caminhou até uma mesinha e pegou uma caixa — Esse vestido ficará lindo em você.

Só podia ser brincadeira. O vestido vermelho com um decote atrás, quase igual ao que o Cailan me deu. Uma lágrima desceu por minha bochecha, mesmo tentando controlar.

— Querida, o que houve? — me olhou preocupada — Está doendo algo, vou chamar um médico — largou o vestido em cima da caixa e foi até a porta.

— Calma, não é isso — digo antes de seus dedos tocarem na maçaneta — Gostei do vestido — dou um sorriso fraco.

— Filha — Rose, se aproximou voltando a sentar na beira da cama — Eu estou tentando, quero que você seja feliz aqui — sorriu.

Talvez seja isso, ela só quer tentar ser uma mãe melhor.

— Está bem, vou nesse jantar com esse vestido — sorrir, tentando não demostrar a tristeza que invadia meu coração.

— Ótimo  — bateu palminhas em alegria — Será as 19:30 da noite, tem certeza que não está sentindo dor? — olhou para meu ombro.

—  Não, estou me curando rápido.

— Ótimo, tem maquiagem em cima daquela mesinha e seus saltos estão em outra caixa em cima da cadeira. Te amo, filha — beijou minha testa.

Não consigo dizer o mesmo, estou tão triste.

— Agora, vou arrumar tudo para hoje a noite.

— Quem vem para esse jantar? — pergunto com curiosidade ou para manter ela ali, ficar sozinha nesse quarto sem falar com ninguém me deixa um pouco louca.

— Alguns dos conselheiros, e o maior de todos... O Don Heitor.

Tenho uma vaga lembranças de ouvir esse nome, perdi tanto sangue naquele dia e com a tontura não me lembro de muita coisa.

— Porque você gosta do Miguel?

A pergunta pega Rose de surpresa, acho que nunca tivemos uma conversa sobre"garotos" ou sobre "virgindade".

—  Ele me salvou de mim mesma, talvez eu não soubesse naquele momento... Mais hoje, consigo dizer com todas as letras que ele foi e é o meu primeiro amor.

Rose parecia feliz, não quero estragar isso para ela.

— Você acha que um dia vou amar outra pessoa? — meu olhar é triste.

— Talvez, sempre existe dois tipos de amor.— sorriu, tentando me confortar.

— Quais são? — sussurro.

— O amor da sua vida, e o amor para a sua vida. O amor da sua vida é aquele que não saí dos seus pensamentos, que arranca suspiros de você apenas por pensar em seus momentos juntos. Mais ele também machuca e deixa uma grande mancha em você. Agora, o amor para sua vida é aquele que te dá segurança, conforto e carinho. Não é tão intenso igual o outro, é calmo e sensível. Doce e gentil, te ajuda a lembrar o quanto a vida é bonita e vale apena respirar o ar.

— Posso sentir esse dois amores em apenas uma pessoa? — suspiro.

— Talvez, não sei. Depende da pessoa e se o seu amor é forte para superar qualquer coisa até mesmo a morte.

— Superar a morte?

— Ter maturidade o suficiente para deixar ir, se a morte levar um, o outro deixar aquele amor intacto. Não precisa esmagar aquele amor, apenas o deixe respirar.

— Como você sabe que o Miguel é o seu amor pra vida?

— Eu sinto, quando é verdadeiro nem o tempo apaga. E foi isso que aconteceu com nós dois. Eu o amo, não consigo me imaginar longe dele.

— Então você sabe o que estou sentindo agora, né?

— Sei, mais infelizmente é o melhor para você.

— Como sabe?

— Sou sua mãe, sei o que é melhor pra você.

— Talvez não.

— Tenho certeza que sim. Agora, vou cuidar nas coisas.

Então Rose se foi me deixando apenas com esperança de reencontrar o Cailan.

[...]

Desço as escadas com cuidado, cair e quebrar o pescoço não é uma boa ideia. As luzes estava mais brilhante naquela noite, o vestido ficou perfeito. Decidir prender o cabelo e por estranho que seja o Miguel me presenteou com um colar de pérolas.

— Você está linda, anjo — ouvir esse apelido me fez arrepiar.

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