* CONCLUÍDO *
Melissa Amaro, desde pequena teve que trabalhar para sustentar sua mãe. Rose foi trancada por sua madrasta em uma clínica psiquiátrica.Presa sobre efeito de remédios mentais foi abusada por médicos e enfermeiros da clínica dia após dia...
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— Volto logo — aviso, desço as escadas em total desespero.
— Onde vai com tanta pressa? — perguntou Rose saindo da cozinha com um pano na mão.
— tenho que buscar o dinheiro para pagar a divida e não me espere para almoço ou jantar — pego minha mochila.
Estou usando uma calça jeans, tênis e uma blusa branca com uma jaqueta preta. Seja lá o que for que ele queira, não acho que devo ir igual uma princesa. Com o coração querendo sair a cada batida, abro a porta e dou uma última olhada para a minha mãe. Tudo que faço é por ela.
Ethan estava de terno e gravata, com uma cara de poucos amigos. Abriu a porta do carro e logo em seguida eu entro com as pernas bambas. Vontade de desistir, mais se estou aqui não posso mais voltar. Aperto meus joelhos um no outro e começo a rezar em pensamento. Se eu sobreviver dessa nunca mais vou pedir dinheiro a um gângster. É uma promessa.
Alguns minutos se passaram, aproveito que estou dentro do carro e mando uma mensagem para o Maurício informando que estou doente. Depois que mandei a mensagem o sinal sumiu. Ergo o celular e fico procurando sinal.
— Aqui não tem sinal — diz Ethan sem me olhar.
Abaixo o olhar e ponho meu celular no bolso da calça.
— O que ele quer comigo? — pergunto curiosa, vontade era de roer as unhas mais lembro que não tenho dinheiro para pagar uma manicure.
Ethan não me respondeu, e manteve seu olhar na estrada de terra. Seja lá onde estamos indo, o lugar era afastado de Seattle. O tempo todo imaginava o que ele queria. Começando a me arrepender dessa loucura.Será que é tarde demais para fugir e trocar de nome?
O carro parou, sinceramente meu coração também parou. Ethan abriu a porta e esperei um pouco até botar o pé pra fora.
— Ande logo — disse perdendo sua paciência.
Pego minha mochila aperto ela contra o meu peito. Olho ao redor e só tem um galpão enorme com cara de mal assombrado, a saliva chega desce seca por minha garganta. É hoje que ele vai me matar e manda me enterrar em qualquer lugar.
— Que seja uma morte rápido — peço no silêncio dos pensamentos.
Junto toda a coragem que não tenho e começo a andar, Ethan entrou dentro do seu carro e saiu com toda velocidade.
Empurro aquela porta pesada de madeira com alguns cupins e suja de poeira.
— Olá! — olho para todo os lugares, aquele lugar é escuro e da medo.
— Anjo ruivo — Ouço a voz lá de cima.
Anjo ruivo? Sério?
Aquele apelido me fez ter um friozinho na barriga.
— Bem na hora — disse com aquela voz de fazer as calcinhas ficarem molhadas.
Por mais que escutasse sua voz, não consigo ver. Isso sim, era frustante.
