Pego minha pequena nos braços, graças a Deus ela estava acordada. Beijo sua testa, enquanto suas lágrimas quentes molham minha camisa. Aperto ela com cuidado em meus braços, nunca sentir tanto medo de perde ao alguém.
Cailan já não teve tanta sorte assim, Melissa estava desacordada e tinha muita sangue. Felipe estava morto ao chão, lhe dei um tiro nas costas. Meu irmão me pediu a minha gravata, Liana tirou pra mim e lhe entregou. Amarrou os pulsos de sua mulher com a minha gravata e a sua.
Fomos para o hospital com nossas mulheres nos braços, as duas foram no banco de trás enquanto eu dirigia, Cailan só chorava e repitia que não podia perde de forma algum a mulher de sua vida. Liana disse que tudo doía, minha cabeça estava a mil. Esses três estavam me preocupando.
A Liana não percebeu eu acho, mais começou a sangrar também. Fiquei desesperado, acelerei o carro. Chegamos no hospital, um médico amigo meu chamou outro para atender as duas mulheres.
Não deixaram a gente entrar, então ficamos na sala de esperar. Cailan sentou no sofá, acendeu um cigarro e colocou entre os lábios. O sangue da ruiva já tinha secado em suas mãos, roupas.
Ele se fechou novamente para o mundo, não era culpa dele, mas não poderia fazer isso justo agora. Dois seguranças trouxeram o Joseph desmaiado, o mesmo foi atendido. Cailan não percebeu a movimentação, apenas fixo o olhar para o vazio.
— O que aconteceu com a minha filha?— Rose surgiu aterrorizada, Miguel tentou conter ela mais também estava com o semblante preocupado. Cailan não respondeu sua pergunta, apenas soltou a fumaça de seus pulmões. Me aproximo dos dois.
— Como souberam o que aconteceu?— pergunto, desconfiado até o pescoço com a atitude deles.
— Sou o conselheiro, conseguir o endereço do seu apartamento porque sabia que o Cailan estava lá com a nossa filha, mais quando entramos dentro do apartamento justamente pela porta está aberta e vimos todo aquele sangue. Algumas pessoas viram vocês vindo para esse hospital, Rose quer ver a filha — Miguel explicou, já que Rose tremia.
— Vocês não tem nada pra fazer aqui — Zeus se pronunciou, inclinou a cabeça para o lado e voltou a tragar o cigarro já quase pela metade. Cruzou as pernas, estava tão distante. Não era mais o Cailan ali, Zeus tomou as redias da situação.
— Como não? Ela é minha filha, tenho todo o direito de ve-la — Rose disse bastante irritada com a atitude do Zeus. Sentou em uma cadeira com os braços cruzados e nariz em pé, acredito que já tenha visto algo semelhante a essa cena — Daqui eu não saiu, daqui ninguém me tira — Miguel sentou ao seu lado soltando um suspiro pesado. Ponho as mãos no bolso, me encosto na parede perto do bebedouro. O meu amigo, Renato, se aproximou.
— Como elas estão doutor?—Pergunto, Zeus ficou de pé ao meu lado com as mãos do bolso já que tinha deixado o cigarro para trás.
— A morena, está bem, mais acredito que você tenha que ter mais cuidado com ela agora. Não quebrou nenhuma costela, mais o braço — Me olhou como se guarda-se mais alguma coisa, olhou pra o Zeus — Não posso dizer a mesma coisa da sua mulher, ela perdeu muito sangue e a vida dela com a do bebê corre perigo se não tiver um doador de sangue nesse exato momento — Zeus ficou petrificado.
— Arrumem a porra de um doador, salvem a vida da minha mulher ou você não vai ter mais a sua — Sua voz era de puro ódio, em seus olhos só tinha fogo. Aquela ameaça não era em vão, era bom ninguém pagar para ver.
— O sangue dela não temos aqui no hospital, não sei onde podemos encontrar.— O Renato tremeu.
— Eu dou — uma voz feminina ecou entre nos.
Todos nos olhamos para a ruiva sentada. Rose parecia determinada.
— Sou a mãe dela, posso muito bem dá meu sangue para salvar minha filha — finalizou, levantou.
— Ótimo, me acompanhe. Temos que ser rápidos.
— Espere, posso ver a minha mulher?— pergunto antes dele sair.
— Sim, é claro — respondeu, com um sorriso — Luísa, ela vai te mostrar onde fica o quarto de sua esposa — Uma enfermeira saiu de trás do balcão e ficou ao lado do médico.
— Ok — Renato saiu com a Rose — Vou ver a como está a minha mulher — Digo olhando para o Zeus.
— Veja se realmente a minha irmã está bem, vou ficar esperando notícias da Melissa.— deu dois tapinhas no meu ombro. Sair daquela sala, acompanhei a Luísa até o quarto da Liana. E lá estava ela, quietinha sobre a cama. Quando me viu deu um sorriso de alivio, seus olhos transbordava lágrimas. Me a próximo, beijo sua testa e lhe dou um abraço. Sento na beira da cama, Liana pega em minha mão e a dela está gelada.
— Sentir tanto medo de te perder — sussurro, suas mãos vão até meu rosto que se banhava em lágrimas.
— Estou aqui, eu também tive medo mais agora estou bem e não vou mais sair do seu lado nem por um minuto — sorriu.
— Não pense que vou deixar você sair do meu lado — Liana tentou gargalhar mais foi impedida pelo dor.
— Está doendo muito?— mudo minha expressão, se o Felipe não estivesse morto eu ia procurar ele até no inferno.
— Não, apenas quando vou rir — respondeu.
— Eu gosto do seu sorriso, te amo muito — me inclino para beijar seus lábios.
— Como a Melissa está?— perguntou quando me afastei.
— Vai ficar tudo bem com ela, está recebendo sangue nesse momento já que perdeu muito — explico.
— Quem está doando?
— Rose, ela é compatível por sorte.
— Certo, mais agora preciso te falar algo muito sério.
— Diga — me mexo.
— Não sei como aconteceu, acho que esqueci. Se você não me quiser depois do que vou lhe contar agora, tudo bem, mais eu só fiquei sabendo agora.
— Pelo amor de Deus mulher! Diga logo está me deixando nervoso.
— Estou grávida — disse com os olhos arregalados.
Ela está grávida! Um filho dela, um filho meu... Um filho NOSSO.
— Amor? Diga alguma coisa, por favor — pediu tocando em minha mão.
— Você não sabe o quanto isso me deixa feliz — distribuir beijos por seu rosto até chegar em seus lábios.
— Pensei que você não quisesse por tudo que rolou com o seu pai — comentou com receio.
— Eu quero um filho, vou ser muito melhor do que o filho da puta do Joe — beijo seus lábios mais um vez.
— Quando a Melissa ficar boa vou da a noticia para o Cailan, agora não é o momento certo.
— Eu entendo meu amor.
— Posso tocar?
Liana me olhou com um brilho no olhar, sorriu e pegou em minha mão levando até sua barriga.
— Meu grãozinho, seu pai e sua mãe te ama muito — Ela sussurrou. Aquela cena me fez o homem mais feliz do mundo.
Nossa Liana está GRÁVIDAAAA
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Te Fazer Suspirar
Romansa* CONCLUÍDO * Melissa Amaro, desde pequena teve que trabalhar para sustentar sua mãe. Rose foi trancada por sua madrasta em uma clínica psiquiátrica.Presa sobre efeito de remédios mentais foi abusada por médicos e enfermeiros da clínica dia após dia...