Te Fazer Suspirar

Capítulo 44° 🦋🟣

Melissa já está segura. A infeliz da Rose nunca teve minha confiança, engraçado que depois de tudo que ela fez queria obter o perdão da Melissa. Como alguem tentar matar seu próprio neto e depois agir como se nada tivesse acontecido. Minha vontade era de descarregar o pente na cara do Miguel e depois estrangular aquele a Rose com as minhas próprias mãos.

Aqueles dois não vão ter meu perdão, não quero eles perto da minha mulher. Dessa vez quero meus inimigos bem longe, antes poderia até deixar eles perto para observar suas ações traiçoeiras, mais hoje tenho um filho e uma mulher que não posso deixar sozinhos nem por um minuto.

Tenho quase certeza que aqueles vermes esperaram minha ausência na mansão, mais um motivo para ficar no apartamento ao lado do Ethan.

Dou voltas sem rumos pela cidade enorme, vou em alguns bares conhecidos que na minha cabeça o "desparecido" estaria lá. Fico pensando sobre o que a Liana disse,  acho estranho o Ethan ter surtado, geralmente quem faz isso sou eu. Ethan está estranho desde que a vadia da Laura voltou, mais porque isso afetou tanto ele?

Consigo ver seu carro a frente de bar, dou um verificada em sua placa e confirmando entro dentro do bar vazio. E como suspeitei, Ethan estava lá. Sentado com um copo de whisky na mão, balançando e olhando para o vácuo. O garçom me olhou, viu meu rosto e tenho a impressão que ficou com medo. Talvez não seja pelo Zeus, ninguém nunca viu meu rosto. Sento ao lado do meu amigo, aceno para receber um copo de whisky sem gelo. Depois de ser servido, bebo um gole. Seguro o copo, apoio meus cotovelos no balcão e dou um boa olhada no fundo do copo vazio.

— Acho que vou precisar da garrafa — comento, dou um sorriso e o Ethan também.

— Liana te contou?— sua expressão mudou, não se deu a importância de me olhar e continuou a olhar para o vácuo — Bem, acho que não. Você não estaria aqui — respondeu, seco e triste.

—  Seja o que for que está atormentando o meu irmão, vamos resolver. Não beba e pare de ficar se mutilando por dentro. Já somos fudidos demais — dou um tapinha em suas costas.

Ethan saiu do balcão, puxou uma cadeira de frente para uma mesa. Seguir ele, sento em sua frente. O garçom deixou duas garrafas de whisky acompanhadas de um balde de gelo com um maço de cigarro. Pego um cigarro, acendo e trago.

— Vou te contar uma coisa, mais não quero interrupção. — pediu. Aceno com a cabeça em concordância de sua condição — Antes da Laura conhecer você, ela foi minha — me olhou, procurando algum sinal de ódio ou raiva. Não obteve, continuou: — Laura era doce, gentil e de uma beleza encantadora. Mais não sabia que por baixo daquela pele tão macia havia uma mulher soberba, interesseira e vulgar. Houve um deslize da minha parte... Ela ficou grávida. Não me contou, e ela sabia o quanto queria ser pai. Descobrir quando ela já estava com três meses de gestação, mais foi tarde demais. Laura se trancou dentro do banheiro e abortou o nosso filho. Ela dizia que não queria estragar seu corpo perfeito, seu desejo não era ficar "deformada". A gente brigou, empurrei contra o chão e ela bateu a cabeça desmaiando. Fui para cozinha, mais Laura acordou e tentou encravar um pedaço do espelho nas minhas costas e sinceramente uma mulher daquele tamanho enterrou um caco de espelho bem no meio das minha costas. Tivemos um briga outra vez, quando peguei minha arma ela correu do apartamento. Fugiu. Dois anos depois você disse que estava gostando de alguem, acredite que fiquei feliz mais quando meus olhos viram aquela maldita me subiu um ódio. Laura também ficou paralisada, mais não se deixou entregar. Depois me procurou para exigir que não falasse nada, ameaçou dizendo que colocaria você contra mim, e naquela época você com certeza não teria me ouvido. Demorou acho que três anos para você se da conta do monstro que ela é. Me pediu para matar ela, mais Laura me disse que estava grávida .

Minha respiração pesou.

— Não se assuste, deixei ela ir. Mais outra vez mentiu pra mim. Ela nunca ficou grávida, como poderia acreditar nisso, né? Agora você me odeia, eu sinto muito — tomou um gole de whisky, meu irmão estava destruído.

Ele me contou tudo isso, mais não tenho raiva dele. Ethan era apenas um homem apaixonado por uma mulher que não prestava. E na verdade tem razão, não sei se tinha ouvido ele naquela época. Senti um alívio muito grande quando ele disse que Laura nunca ficou grávida de mim, não quero uma ligação tão forte com ela e nem ligação nenhuma.

Ethan está destruído, ele tinha medo da minha reação. Mais não estou bravo, gosto dele e apenas quero seu bem. Ele errou, mais o amo mais que qualquer erro.

— Você me odeia, certo? — perguntou cabisbaixo.

— Você bebeu muito, vamos pra casa— levanto, vou até ele e ajudo a ficar em pé. Se apoio em mim e começamos a caminhar — Por você ser um bom garçom hoje, te dou uma gorjeta enorme.— Dou mil dólares em suas mãos, o cara ficou alegre.

Liguei para o Joseph ir buscar o carro do Ethan, o mesmo olhava a janela do carro em silencio. Ele continuava preocupado.

— O que você tem?— pergunto.

— Melissa realmente te mudou, como pode não querer arrancar minha cabeça?— me questionou.

— Melissa fez um bom trabalho mais só em uma parte de mim, mais existe outra parte que está queimando de raiva. Mais você é meu irmão, quando sofri de abstinência em cima de uma cama, te dei muito trabalho com meu vício de drogas. Você estava lá, nossa amizade é mais forte do que qualquer mulher. Irmão, sei que está decepcionado consigo mesmo. Mais não vou desistir de nós, somos um dupla incrível e acredite que o grande gângster Zeus não existiria sem você o honrado.— sorrir.

— Sempre vou está do seu lado — sussurrou.

— E eu, do seu — ponho a mão em seu ombro.

Com ajuda da Liana coloco o Ethan na cama, minha irmã disse que ajudaria ele a tirar a roupa e que não precisava de mim nessa hora. Liana e o Ethan ficaram no meu apartamento, adentro o meu quarto que a muito tempo não via.

Melissa estava perfumada, dormindo como um anjo na cama. Lhe dou um beijo casto na testa, retiro minhas roupas e vou pro banheiro. Ligo o chuveiro na água gelada para despertar algumas idéias. As palavras do Ethan ecoava na minha cabeça.

Apoio as mãos na parede do box, solto um suspiro que veio da alma tão cansada. Fecho os olhos, procuro paz na escuridão dos meus pensamentos. Sinto mãos pequenas por meu peito, dedos finos percorrendo meu peitoral. Não tomei um susto, pois aquele toque me dava tranquilidade.

— Tudo bem?— perguntou, beijou meu pescoço.

— Não sei — respondo, sincero.