* CONCLUÍDO *
Melissa Amaro, desde pequena teve que trabalhar para sustentar sua mãe. Rose foi trancada por sua madrasta em uma clínica psiquiátrica.Presa sobre efeito de remédios mentais foi abusada por médicos e enfermeiros da clínica dia após dia...
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Meu olhar percorrer uma sala vazia. Mais tinha uma certa claridade no lugar, não me dava medo estar ali, segurança é a palavra certa. Os sentimentos se mistura de um jeito estranho, posso sentir dor e felicidade ao mesmo tempo. Meu coração batia em cinqüenta ritmos diferentes, com uma velocidade capaz de pular para fora. Sem presta atenção em mim mesma toco o meu corpo por instinto, talvez. O tecido sobre meu corpo, tão macio e delicado. Um vestido azul muito claro, que chegava até meu joelhos e tinha uma abertura na perna direita. Dou um sorriso, mais não sei o porquê. Sinto mãos por minha cintura, me abraçando sem me sufocar apenas demonstrando amor e carinho.
— Mel, você está linda... Bonequinha — deixou um beijo terno na curva no meu pescoço, inclino a cabeça para trás apenas para sentir mais a sua presença — Eu sinto sua falta, quero você de volta — sussurrou, beijando no espaço entre a orelha e o pescoço.
— Porque me deixou?— minha voz embargada pelas lágrimas presas na garganta.
— Não te deixei, estou aqui— me virou para poder olhar em seu rosto.
Aparência de Cailan não era as das melhores, magro e pálido.
— Está tudo bem?— pergunto passando a mão por seu rosto.
— Estou com alguns problemas, mais vou estar em seus braços logo. Onde você estiver, também vou estar.
Se inclinou, nossos lábios se tocaram de maneira gentil. Meus braços passam ao redor do seu pescoço por instinto. Um beijo calma e apaixonante.
— Você me ama? — murmurro entre o intervalo do beijo a pouco centímetros de sua boca.
— Melissa, filha? — ouço uma voz longe me puxar com uma força sobrenatural.
Aperto os olhos, minha garganta está seca. Com uma tontura que já está passando lentamente dou uma olhada ao redor. Miguel, Rose e Heitor estão ao meu lado junto com o médico que me ajudou com o ferimento do meu ombro. Todos estão me olhando de um jeito estranho, quase como se escondesse algo que pode me fazer ir. Sinto um desconforto no pé da minha barriga.
— Não se mexa, por favor — pediu gentilmente o médico.
Heitor puxou Miguel pelo braço o levando até o canto do quarto, não consigo ouvir sua conversa mais por suas expressões parecia que Heitor estava dando bronca no Miguel que baixou a cabeça e passou os dedos sobre o maxilar.
Rose me olhou com um sorriso fraco no rosto, sentando ao meu lado logo depois que o doutor fechou sua maleta. Algo estava acontecendo.
— O que aconteceu? — finalmente pergunto com a voz um pouco fraca.
— Você desmaiou no final da escada e caiu em cima do Heitor.Mais esta tudo bem, apenas você não se recuperou totalmente — mentiu, sabia disso pois sempre olha no canto do olho quando conta mentiras.
