𝐖𝐀𝐑 𝐎𝐅 𝐒𝐎𝐔𝐋𝐒 - 𝐒𝐓𝐄𝐑𝐄𝐊

Capítulo 14

Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.

Mahatma Gandhi

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— Não sei se foi uma boa idéia.

Stiles olha para o enorme rio com aflição, o mesmo que ele nunca pôde pôr os olhos antes de hoje. Noah exala um sorriso e põe a mão nas costas do mais jovem, induzindo-o a continuar caminhando.

— Vamos lá, sair um pouco fará bem a você — Noah fala enquanto se aproximam do rio de águas cristalinas, Stiles logo atrás com o lábio inferior preso entre os dentes — Derek disse que alguém anda um pouco tenso ultimamente.

— O que Derek poderia saber, ele quase nunca está por perto — Stiles cospe com uma pitada de veneno.

Ele não queria soar tão espinhoso, mas Noah tem completa razão, Stiles está além de tenso nos últimos dias, sua boca simplesmente perdeu a conexão com a sua boca.

— Stiles, ele é o único alfa de uma matilha inteira, por mais que ele queira passar mais tempo com você, não cabe a ele desistir de suas obrigações — Noah o lembra gentilmente com uma nota de repreensão, o jovem respira fundo e se mantém em silêncio — Tente ser um pouco mais paciente, as coisas se resolverão eventualmente.

— As coisas estão bem — Stiles encolhe os ombros e Noah ergue uma sobrancelha cética — Talvez não tão bem assim, mas dramas movem minha vida, não posso criar mais um.

Noah acena, apesar de ainda parecer querer dizer algo. No lugar disso ele abre a mochila que trouxe e puxa uma lata do que parecem ser sardinhas.

— Vai comer? — Questiona Stiles estupidamente.

Noah exala uma risada.

— São iscas — Ele abre a lata, mostrando a um Stiles desgostoso as minhocas dançantes — Precisamos delas para conseguir pegar alguma coisa hoje.

— Ugh, é nojento.

— Talvez, mas elas conseguem atrair bons peixes para o jantar, então não as calunie — Com maos habilidosas o homem mais velho captura uma delas. Por ser filamentosa Noah precisa enrola a coisa asquerosa três vezes no anzol, Stiles observa tudo com fascínio.

Ele nunca saiu para pescar antes, por motivos óbvios precisava se manter fechado naquela cabana o dia inteiro, suas eacapadelas casuais na infância não foram suficientes para que ele vasculhasse tudo com maior atenção.

Ser livre agora para sair e pescar com seu pai é como uma aventura excitante, e talvez um pouco aterrorizante também, mas ainda incrível e que apesar de suas reclamações, foi desejada por anos.

— Pegue a sua, vamos começar.

A pesca foi um fracasso, mal conseguiram pegar dois peixes, por incrível que pareça um deles foi por completo mérito de Stiles.

— Oh meu Deus, eu realmente peguei isso! — Stiles olha para a coisa balançando presa ao anzol e Noah sorri, dando tapinhas orgulhosas nas suas costas — Não vamos comê-lo, vamos?

De repente o remorso lhe ataca, e pode parecer ridículo mas ele não acha que poderá comer esse pobre peixinho.

Noah o encara com uma expressão suave antes de ajudá-lo e retirar o peixe do anzol e jogá-lo novamente no rio. Stiles se sente estranhamente aliviado.

Aquele foi seu primeiro peixe! Stiles não poderia comê-lo!

Apesar de de repente lhe surgir um enorme desejo de comer peixe, frito ou ao molho, ele não se importa. Droga, ele está babando! Porque ele foi soltar o maldito peixe?!