Capítulo 13

2.1K 105 11
                                    

Jade Picon

Na frente da casa do Leo, estávamos esperando ele abrir o portão, vi que o PA usava a minha pulseira. Foi a primeira vez que o vi usando pessoalmente. Puxei o braço dele.

-Não acredito que você ainda usa isso.

-Você ainda não se tocou que toda vez que ele sente tua falta, ele coloca alguma coisa tua Jade?

Nina tirou sarro.

-Qual é Nina, só coloquei ontem e esqueci de tirar. Exquéci!

Leo abriu o portão. Os dois se olharam, abriram os braços na maior euforia, e se abraçaram. Parecia que estavam conhecendo seus ídolos.

-Que loucura vocês dois, por favor.

Eles, para dar inicio a guerra contra minha pessoa, começaram na euforia de novo, dessa vez, me puxando e me abraçando junto. Eu mereço.

Entramos na casa do Leo, e ele fez questão de mostrar todos os cômodos para o PA, e os planos que ele tinha em mente para cada lugar. Muitos já estavam em andamento.

Leo estava lançando algumas peças na Approve e queria minha opinião no que mudar, pois ele ainda não estava 100% satisfeito.

PA deu a sua opinião também e o Leo se amarrou. Tirou sarro chamando ele de cunhado.

-Que cunhado o que Leonardo, não pira. Eu e PA estamos brigados inclusive.

-Cunhado sim, até quando eu quiser. Vocês ficam brigando por besteira ai e deixando as coisas boas da vida de lado. Vão fazer sexo e dar beijão gostoso, que passa.

Rimos. Revirei os olhos.

-Cala a boca Leo, por favor.

Que vergonha dele, sério.

-E outra, não tem essa de fazer campanha com outras marcas não em irmão. Approve já te quer faz tempo.

Leo disse olhando pro PA.

-Foi exatamente isso que ele veio fazer em São Paulo. Esta fechando com a C&A.

-Estava, não esta mais. Né?

Ele foi em direção ao PA o abraçando.

-Paulo André é Approve, cancela tudo isso ai, é nóissss.

No papo já mais sério, PA explicou toda a proposta que a C&A tinha feito, e as condições.

No fim, não precisou de muito para que o PA quisesse fazer lançamento com a Approve, afinal, ele sempre usou e sempre gostou. Os dois ainda não tinham nem ideia do que iam fazer, e já estavam animados.

-Agora PA, você só precisa pegar um ap aqui em São Paulo, e fazer acontecer. O mundo é teu irmão... E outra, terça feira quero te levar na Galleria. Fala ai, vai estar por aqui ainda né? Se você e Jade rachar, já te apresento pra meia dúzia de mina que faz fila fácil pra te pegar.

Todos me olharam, rindo.

-HA HA Leo, que engraçado.

Muito papo cabeça e trabalho, mas também muita diversão. Tudo para o Leo e PA era motivo de zoação e me encher o saco, mas no fim deu tudo certo.

Já era quase dez da noite, estávamos esperando chegar a comida japonesa que pedimos por delivery. Eu e PA tirávamos as coisas da mesa, para podermos comer. A todo momento ele cantarolava alguma música, e quando Leo sabia a letra, cantava junto e faziam um karaokê só de vozes, continuando com a euforia toda deles.

Dessa vez PA saiu da cozinha cantando todo animado

"Já dei tanto beijos por aí
Mas igual ao seu eu nunca vi

Parou no meio do caminho, uma mão apontou pra mim e a outra segurou um microfone invisível, continuando

Tá morando no meu coração de graça
Esse teu olhar aí me descompassa"

Devo ter ficado vermelha da cabeça aos pés.

Obviamente Leo não perdeu a oportunidade de encher meu saco.

-Pego, pego fácil.

Ele veio na minha direção e pegou nos meus ombros

-Cê tem certeza que consegue brigar com um homem desse?

-Sai Leo

Tirei as mãos dele de mim

-Casa com ele então, eu em.

Tirei sarro. Todos riram.

-Eu vou sair com a Nina daqui, e vou trancar vocês dois nessa casa. Só volto depois que vocês se resolverem e destruírem isso aqui.

Disse com cara e sorriso malicioso.

O resto da noite foi no mesmo ritmo. O Leo insistiu para ficarmos, mas como ninguém tinha levado roupa nenhuma, era impossível dormir na situação que estávamos.

No caminho eu disse que a Nina precisava dormir comigo, pois tínhamos que acordar cedo para resolver algumas coisas no banco. PA fez cara de triste, mas entendeu e foi para o hotel dele. Combinamos de nos ver mais tarde. Eu prometi mandar mensagem.

Antes de sair do carro, ele me olhou como quem pede um selinho de despedida. Não consegui negar.

-O que eu faço da minha vida Nina?

-Como diz Henrique e Juliano: o que é um arranhão pra quem já ta fudido, né dona Jade...

Ela tirou sarro.

Encostei no vidro da janela e seguimos para o meu prédio. Paulo André, Paulo André.

_____________________________

Peça-me O que Quiser | JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora