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Yiren Narrando

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Yiren Narrando

Não demorou para chegar no tal lugar. Se passava de um pequeno parque para crianças, abandonado. Brinquedos antigos e alguns quebrados era a única coisa que ocupava o lugar. Mesmo não tendo muitos.

⎯ Por que me trouxe aqui?. ⎯ Olho todo o lugar deserto.

⎯ Esse, é o lugar mais importante para mim. Antes da minha mãe morrer, ela me trazia aqui toda vez que saia cedo do trabalho. Mal acontecia, mas quando acontecia, eu era a pessoa mais feliz do mundo. ⎯ Não sabia o que dizer. Foi tanta coisa junta.

⎯ Um balanço... sabia que nunca fui em um?⎯ Comento quebrando o clima em que ele havia deixado.

Ele pega em meu pulso e me puxa até o pequeno balanço enferrujado. Sem ligar, nos sentamos um do lado do outro. Era legal, bom, calmo. Respirei fundo, tentando absorver qualquer momento feliz de crianças naquele lugar.

⎯ Esse lugar foi fechado por falta de dinheiro. Mas era sempre aberto para todas as crianças, mas os recursos dos brinquedos foram grandes demais para aqueles que estavam patrocinando.

⎯ Deve ter sido muito triste.

⎯ E foi. Quando minha mãe morreu, vim correndo para cá, triste, mas vi que não tinha ninguém. Estava tudo jogado. Foi a pior cena de toda a minha vida. É a primeira vez desde aquele dia que eu volto aqui. ⎯ Sinto sua voz trêmula. Aish, isto está me matando.

⎯ Younghoon, por que me trouxe junto? ⎯ Estava querendo o abraçar naquele momento mas precisava saber.

⎯ Eu me sinto bem com você. Não sei, isso é estranho. Kevin é o único a saber de toda a minha vida e a ser próximo de mim, você, eu senti necessidade de te contar tudo. Não sei o motivo, mas Yiren, eu posso contar tudo para você?.

⎯ Por que você faria isso?.

⎯ Você me faz me sentir livre. ⎯ Me levanto, vou a sua frente e estendo minha mão para ele.

⎯ Me chamo Wang Yiren, sou chinesa. Me mudei para a coreia forçada pela minha mãe que se casou com um ricasso coreano. Tenho uma meia irmã, Miyeon, que me odeia e faz da minha vida um inferno. Minha mãe a ama, mesmo não sendo filha dela, já eu, ela odeia. Passei minha vida toda sendo forçada a ser a filha perfeita e a cópia de Miyeon. Fugi de casa, fiz meu próprio caminho com meu suor. Entrei no trabalho que sempre quis e assim, fazendo minha mãe me odiar mais ainda. Ela odeia meu trabalho. Até hoje, estou tentando mostrar para elas meu valor, e me livrar de suas palavras marcadas como uma tatuagem. ⎯ Ele não falava nada, so escutava tudo com total interesse. Quando acabei, ele sorriu, sorriu como se aquilo fosse a coisa mais importante para ele naquele momento. Ele segura minha mão e se levanta.

⎯ Meu nome é Kim Younghoon, sou coreano. Meu pai morreu quando eu nasci de um acidente de carro, e minha mãe quando eu tinha 7 anos. Fui criado por minha avó, que me criou como se eu fosse um boneco de porcelana. Ela tinha muito medo por mim. Cresci desajeitado e sem saber nada do mundo até que decidi ser idol. Lutei por isso e consegui, você não imagina como aquele momento foi o mais perfeito. Ser idol seria perfeito para mim. Mas acabou que, me doeu, destruiu toda a imagem perfeito em que imaginei. Eu ainda não entendo... sou forçado a dietas rigorosas, treino excessivo, já desloquei vários ossos e tive que fazer cirurgias neles para tratar como se nada estivesse acontecido. Sou forçado a usar roupas que não quero, a cantar músicas que não quero, a dançar o que não quero. Sou forçado a ser outra pessoa, uma pessoa que não pode se libertar por nenhum segundo. Eu quero fazer amigos, me divertir como os outros. Tenho que aguentar os maldosos sendo que não tenho culpa de nada. Mas eu tenho que obedecer, obedecer meus fãs. Não sou eu que decido, é eles. Eu me sinto preso. ⎯ Ele levanta a manga de sua camisa me mostrando marcas em seu pulso. ⎯ Eu estou errado, em querer mudar isso?.

Meus olhos enchem de lágrimas, não posso, eu não posso fazer isso com ele, não posso!

⎯ E também tem algo que não contei para ninguém que-... ⎯ antes que ele pudesse terminar de falar, eu o abraço. Não, não quero escutar mais nada.

Ele ficou confuso mas me abraçou de volta, me abraçou como se eu fosse a coisa mais importante para ele. Conseguia sentir as batidas rápidas do seu coração, do calor de seu corpo, dos seus suspiros em meu pescoço. Eu não queria o soltar, não queria nunca. Minha barriga fervilhava, meu coração estava para sair para fora. Eu necessitava disso, me sinto aliviada.

⎯ Eu preciso contar algo. ⎯ Ele me encara. Eu faço um não com a cabeça, o deixando confuso.

⎯ não me conta mais nada. Eu... ⎯ Junto toda a força que tinha em mim naquele momento. ⎯ Eu preciso testar uma coisa.

Como ainda estávamos próximos, seguro a gola de seu sobre-tudo preto e o Puxo lentamente até mim enquanto ficava na ponta dos pés. Ele só conseguia olhar em meus olhos, atrás de algum sinal do que deveria fazer. Ao chegar em uma certa distância, paro de o trazer até mim e dessa vez ele me puxa de uma vez me beijando. Não sei se era o choque ou o perceber do que estava acontecendo, mas eu não conseguia fazer nada. Ficamos ali, sentindo a respiração forte um do outro. Não conseguia, precisava dessa sensação. O Puxo de volta o beijando, e dessa vez para valer. Necessitava daquilo, sentir seus lábios macios no meu. Aquilo foi terapêutico.

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