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Younghoon Narrando

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Younghoon Narrando

Não importa quantas vezes levo a mesma bronca, quantas e inúmeras prejuízos levei com isso tudo. Estava tudo acabado...

Quando cheguei no carro e abri aquela maldita caixa, vi fotos e reportagens de Yiren. A tão perfeita vinda da China, mudando drasticamente sua vida e tendo que ser salva por mim, por minha queda. Isso me feriu, e quando vi, vi aquela droga de jornal, mostrando a mim e Ye-ri, juntos, como somos. Pai e Filha. Me destruiu por inteiro, estavam falando dela, mostrando fotos e fatos dela. Dela e de minha avó. Eu me esforcei, me esforcei e lutei para que elas fiquem fora desse mundo inteiro, eu tive medo, medo que elas sejam atacada e agora estão aí... expostas. Levando críticas e mais críticas. Faz três dia, Ye-ri não consegue mais ir a escola, minha avó não consegue sair de casa. Minha carreira está a beira de um penhasco, e Yiren... desacordada. Mesmo que ela tenha feito tudo isso! Mesmo que ela tenha me causado tanta dor e desespero nesse exato momento, eu ainda a amo. A amo muito.

Jogo minha cabeça para trás, tentando não surtar com o barulho das notificações no celular. Estava tudo uma bagunça. A mídia não para, várias e várias pessoas, fãs ou jornalistas invadiram minha casa. Estão acampando lá, tive que me mudar novamente. Minha avó e Ye-ri parece que estão em quarentena. Yiren está no hospital, meu chefe está louco atrás de uma solução, atrás de acalmar a todos. Estava uma correria incessante e cansativa. Eu só queria que tudo acaba-se, que tudo sumisse de uma vez! Será que é pedir demais...

Ao chegar no quarto de hospital em que Yiren estava, a vejo com Serim, ainda desacordada, mas estava ali, intacta. Serim sorri fraco para mim e se levanta, saindo do quarto. Vou até ela e me sento ao seu lado. Costumo fazer isso toda vez que venho, somente sento ao seu lado e fico. É nesses momentos que tiro um tempo para pensar em tudo.

⎯ Me pergunto por que fez isso... ⎯ A encaro. ⎯ Você sabia que me machucaria, não sabia? Sabe... no dia do nosso primeiro beijo, eu iria contar sobre Ye-ri, mas você não deixou. Acho que foi bom assim, foi bom aproveitar mais de nosso momento mentiroso. Eu andei pensando, pensando seriamente em tudo e... quero proteger você também, e nesse momento não posso ficar perto de ninguém. Terei que ir, mas isso será para o seu bem, para o nosso bem... não irei mentir, eu não consigo odiar você, não consigo porquê te amo. E pelo motivo de eu te amar, terei que ir. Me dói deixá-la mas... espero que consiga o que sempre quis. ⎯ me levanto e a encaro pela última vez. Um nó se forma em minha garganta e eu seguro para não chorar.

Começo a andar para fora, e na hora de abrir a porta me debato com Serim. Ela me encara triste, vejo fracamente seus olhos marejados.

⎯ Vai mesmo fazer isso? ⎯ Ela pergunta, quebrando o silêncio.

⎯ É necessário.

⎯ Posso pedir um favor?. ⎯ Faço um sim com a cabeça. ⎯ Procure, procure a verdade até o último momento. Yiren não merece isso, e nem você. Queria que as coisas não tivessem sido dessa forma.

⎯ Eu também. ⎯ com essa minha última palavra, saio daquele lugar.

Ao entrar em meu carro, encosto minha cabeça no banco. "Procure, procure a verdade até o último momento". Que verdade? Ainda existe verdade em meio a tantas mentiras? O que devo procurar? Eu não acho que tenho mais esperanças.

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