Brahms estava diante do painel de radiação quântica, onde habitava uma estrela de nêutron, que combustava de forma minimalista para dar energia à starlight de grande amplitude. Só que tinha um problema, ela estava totalmente apagada, restando apenas seus resíduos, mostrando que seus dias estavam por fim, mas ela era pequena demais para se tornar um buraco negro.
Larissa ainda estava adormecida. O cenário do macro era tão parecido com o micro, suas bolhas flutuantes de todos os organismos vivos passavam diante, a imensidade de grandes partes. Percebeu que agora sua nave tinha habitantes inesperados. Eles estavam flutuando em uma moto, que combustava com energias.
Brahms olhou com cara estranha. — O que é isso? Alguém poderia me explicar como surgiu uma cidade inteira que parece o maldito de um planeta dentro da minha nave?
Jalios começou a dar uns trancos, sua cabeça ficava zonza, e seu olhar era de curioso.
— Senhor... — disse em tom modesto. — Eu acho que temos um sistema criado em sua própria nave.
— Não sabia disso, o micro era diferente de quando eu estive.
— Então, na minha área de estudo isso é muito comum. Até mesmo em Gaia, podemos encontrar muitos mini habitantes nela, mas eles estão tão longe de nós que mal podemos vê-los. O sol aqui é diferente, porque é criado pela estrela de nêutron que habita, nesse caso, sua nave foi a principal fonte. Com seu núcleo de nêutron.
— Mas em Gaia, que tipo de habitantes existem?
— Nenhum que gostaríamos de retratar, mas um dia nós fomos um deles. Os que existiam eram vírus e bactérias, alguns usamos para nossos experimentos, outros como armas biológicas, os vírus deram trabalho, mas graças a eles, conseguimos sintetizar muitos elixires.
Brahms sorriu, e pensou que Jalios não era um deles não. Como um ciborgue, ele poderia estar bem distante de um ser vivo, apesar de que algumas partes dele poderiam ser de humanos. Será que algum dia ele foi um humano?
— Aliás, Jalios, você tem um coração humano? Já teve forma biológica?
— Nossa, que pergunta rude, meu senhor, tenho sim, três corações. Mas nunca fui um humano, eu era da espécie homo erectus, em uma colônia próxima do centurião de centopeia.
— Interessante, por isso você é tão esguio e alto. Mas posso dizer que você tem um tom poético, meu caro, por isso estou confiante em você. O que devemos fazer para recuperar a conexão starlight? Não aguento mais não viajar nas flutuações da matriz. A colina negra me espera, meu caro, preciso de poesia, de música, já não estou aguentando mais. Meu sangue ferve. — Brahms apertou seus punhos, um vapor de sangue surgiu no ar, com aparência mais líquida, devido à gravidade do lugar ser muito mais baixa. Percebeu no chão que seus pés não tocavam o solo. — Consegui voar! Ryuujin nunca vai me subestimar novamente.
Jalios fingiu entender.
De repente, uma serpente gigantesca, com chifres, atacou um dos pequenos seres que ali habitavam, jogando-o para longe. Logo atrás, muitos outros apareceram. Os habitantes tinham a aparência azul e dois chifres, seus olhos eram muito amarelos. Vestiam armaduras pretas, outros tinham armaduras brancas. Eram bípedes.
O que tinha a armadura preta parecia mais poderoso, tinha uma capa longa que chamou a atenção de Brahms, parecia culto e muito inteligente. Ele tinha duas manoplas longas no braço, que reluziam com a luz do ambiente. Em sua mão direita, segurava uma espada longa de plasma, tão impressionante quanto os exemplares que tinham em Gaia.
— Achamos os vírus, e parece que eles estão lutando contra ele.
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Zodíaco - Singularidade
Science Fiction(Revisando) Num futuro distópico, onde a humanidade iniciou a colonização de mundos e até galáxias, desvendando uma tecnologia capaz de extrair o poder das estrelas, deu-se início a uma nova expansão pelo cosmos. Assim, surgiram os detentores do tí...