1
— A visão mais remota assemelhava-se à aurora de uma era celestial, um ser de proporções colossais. O Zodíaco Elissa falhou, e o próximo a vacilar será o Zodíaco Ryuujin — proclamou Rufus de Touro.
Na central de comando, ele franzia suas sobrancelhas longas, e seu focinho coçava. Segundo a lista dos Imperiais Lighters, o setor estipulava que, conforme a lei, dois zodíacos não poderiam enfrentar um ser de dimensões galácticas lado a lado. Porém, em sua liberação total, a partir de suas unidades celulares singulares, o poder que herdaram com o elixir de suas respectivas estrelas era imenso.
— Precisamos oferecer apoio à distância com nossas armadas — respondeu Enati.
— Seu rastro levou para um planeta biológico; agora ela está devastando toda a flora e fauna da vida.
Rufus desferiu um soco em seu apoio. — Maldição! — exclamou — Não suporto mais ver um planeta sendo extinto! Se Ryuujin decide assim, defender outro planeta que ainda nem tem a presença de um monarca, que assim seja. Um Zodíaco, em momentos de calamidades, não exige comando da Hierarquia. Gaia disse: "Defendam a Coletividade!".
No vazio do espaço, uma estrela de tonalidades verdes brilhava intensamente, com seus planetas orbitando ao redor, um deles habitado por seres em sua era colonial, que realizavam navegações marítimas e observavam o cosmos com telescópios.
Um alerta ressoou através das sirenes das torres padrões, representadas por construções antigas que auxiliavam na navegação colonial. O aviso informava sobre a presença de um enorme ser flutuando no céu, cobrindo todo o território terrestre. Inicialmente, os nativos, em meio à vasta escuridão, observaram o fenômeno. Os gritos dos animais ecoaram nas florestas enquanto o ser, de cores brancas, soltava tentáculos flexíveis feitos de um tecido mais denso que o metal, emitindo brilhos platinados em todas as direções.
Este ser capturava todos os seres vivos, armazenando-os em sua membrana de plasma sintética. Milhares de vidas eram contidas em uma sala branca, estendendo-se por milhares de quilômetros, onde líquidos viscosos de tonalidades roxas fluíam por longas mangueiras. Cada ser era mantido por tubos inseridos em seus corpos, com suas mentes sendo analisadas por AIDA. Um quadro tingido por milhares de espécies.
As armas de pólvora não tinham efeito algum. Julinin, um homem fascinado pelo cosmos, estava temeroso com a epopeia que se desenrolava em seu planeta. Jamais imaginou que seu fim seria assim. De acordo com seus cálculos, levaria milhões de anos para sua estrela engolir o planeta; nada justo, pensava ele, que os deuses, que tanto desacreditou, o punissem dessa maneira. Suas pesquisas, pouco utilizadas pelos outros, estavam sendo desperdiçadas quando homens do rei adentraram em sua porta. Julinin, com seu bigode de cores amarelas, exibia expressões temerosas.
— Senhor Viktim — proferiu, dirigindo-se ao principal regente do rei. — É o fim do mundo...Logo atrás deles, as enormes correias dos tentáculos invadiram a vidraça. Os soldados tentaram repelir com suas armas, mas nenhum deles escapou.
2
— Thermissa! — gritou Rufus. — Eu tenho uma missão para você. Comunique o Comando Interstellar Imperial de Gaia e assegure que todas as armas estejam preparadas para defender a fronteira de Alpha Centauri. Não podemos ser invadidos por um monarca.
— Lighters de Gaia, estejam preparados para futuros conflitos — Rufus, com seus longos focinhos e brancos, transmitiu uma mensagem casuística sobre seu comando.
— Soldados! Embarquem em suas naves cargueiras. Preparem a frota!
Milhares de soldados entraram nos enormes Destroyers da raça Vega, naves pioneiras na constelação de Touro.
Seus pés tocavam o chão frio da nave, mas não sentiam sua gravidade destrutiva, próximos de suas respectivas estrelas sentinelas, grandes torres que ficavam próximas de sua estrela, absorvendo sua energia e radiação, prevendo até mesmo um buraco negro. Sobre a gravidade zero, programas com dispositivos aprimorados gravitacionais criavam novas vidas ali, em grandes dogmas, projetando simulações de planetas até que chegasse sua hora de combate. Esses eram os Lighters; todos tinham acesso a viajar pelas matrizes quânticas do Starlight. Alguns, é claro, eram obrigados a permanecer em seus postos. Esses eram os soldados da Primeira Ordem, que protegeriam todos os soldados ao seu comando, criando uma unidade coletiva. Os soldados da Primeira Ordem podiam começar a viajar em sua Starlight de forma muito rápida e ter controle sobre isso, enquanto outros Lighters não conseguiam discernir algumas vezes se realmente estavam em simulações, o que era temerário com a existência de uma possível morte. Alguns viajavam em tempos relativamente infinitos, e essa batalha para eles levaria dezenas de anos. Embora a viagem para a proteção do Sistema Estelar fazendo fronteira com Alpha Centauri seja curta, respectivamente 15 minutos para os motores de propulsão ligados, entrando no túnel quântico, meses...
"Comunicado Starlight para todos os membros da Primeira Ordem sobre o Comando Imperial de Gaia. Assinatura do Zodíaco de Rufus, enfrentando a possível ameaça de AIDA junto ao comando de Ryuujin. Comunique essa missão para avisar que começaremos missões para invasões, selecionaremos os melhores Lighters, com habilidades específicas que podem nos auxiliar a encontrar defesas contra AIDA. Digo assim, temos uma missão de resgate para varrer planetas e salvar o máximo de passageiros, embora muitos possam sofrer um choque com a possível realidade. Além disso, Elinor, uma recém-chegada para os membros de Gaia, tem um comunicado para todos."
"Soldados de Gaia! Sou uma viajante das estrelas. Eu amo olhar para elas nos dias noturnos e sentir a presença avassaladora da existência que temos. Vocês sabem disso também. Se estamos indo para essa luta, é para salvar o povo dessas criaturas! Eu perdi metade das pessoas que amava em meu planeta que vivia!"
Elinor começou a chorar. Sua aparência exuberante, utilizando o manto de Gaia, suas penas ouriçadas com o brilho natural do ambiente, destacavam uma Lins determinada e pronta para enfrentar o fim da singularidade!
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Zodíaco - Singularidade
Science Fiction(Revisando) Num futuro distópico, onde a humanidade iniciou a colonização de mundos e até galáxias, desvendando uma tecnologia capaz de extrair o poder das estrelas, deu-se início a uma nova expansão pelo cosmos. Assim, surgiram os detentores do tí...