Capítulo 59 - O Amor Antes Do Fim

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Todos se encaminharam para se preparar visando ao baile, exceto Lor, que optou por ficar ao lado de Elinor. Com um ar de mistério, ele lentamente se aproximou dela.

— Que tal a gente treinar um pouco? Isso de baile não importa.

Elinor riu. — Treinar? Achei que você não diria algo tão interessante. Vamos logo!

A arena era ampla. Elinor aproximou-se de Vizios, que estava dentro. Lor havia visto Vizios pela primeira vez, a criatura era enigmático, percebeu que diferente das espécies de Gazoro usadas para montaria da patrulha militar, esse era diferente, vindo das tribos mais ao sul, recebendo os traços únicos das cores que os descendentes de Elinor usavam, ela acariciou carinhosamente o focinho do animal, o qual olhou para Lor com certa bravura.

— Epa, calma, garotão. Ele é um Gazoro?

Ela continuou fazendo carinho em seu focinho. — Calma, Vizios, ele é amigo. Sim, ele é um velho companheiro, está comigo desde o dia em que nasci. E estará comigo até meus últimos dias.

— Ei rapaz, fique quieto. Tudo bem? — Elinor continuou acariciando. O animal virou-se rapidamente e sentou-se, observando-os. Suas penas estavam rígidas, parecendo mais calmo e tranquilo em comparação ao passado. Vizios já era um idoso.

— Ele não vai me atacar se eu estiver ganhando?

Elinor riu, emitindo uns sons estranhos enquanto ria. — Impossível, não se preocupe com isso.

Assim, ambos empunharam suas lanças e se posicionaram um de frente para o outro, criando um cenário tenso. Elinor investiu com ousadia, saltando de uma posição elevada e buscando perfurar a defesa de Lor com sua lança. No entanto, com agilidade, Lor desviou habilmente para a direita, escapando do golpe iminente. Um olhar de sarcasmo tomou os traços de Lor enquanto ele fitava Elinor, quase como se estivesse sugerindo que poderia ter sido atingido, mas escolheu não.

— Está esquecendo disso... Olhe para cima.

Um tumulto de pedras dançava pelo ar, levado pela manipulação do vento. Estavam à beira de alcançar Lor, até que ele também empregou sua habilidade de controle para adquirir impulso para trás. Usando novamente sua destreza, manipulou o vento para recuperar sua lança e a arremessou em direção a Elinor. Para evitar o golpe iminente, ela realizou um movimento acrobático, girando em um salto mortal para trás. Ela aproveitou o fluxo do vento próximo ao solo para lançar-se para cima com surpreendente velocidade, deixando Lor com pouco tempo para reagir. Simultaneamente, uma pedra se projetava em sua direção a partir do lado direito. Percebendo que se optasse por se defender, a outra pedra o acertaria, ele tomou a arriscada decisão de se jogar nos braços de Elinor.

O cenário se transformou rapidamente. Ela estava agora sobre ele, a lança apontada em sua direção. Deitada de tal maneira que ocupava seu colo, a proximidade entre eles era palpável, carregada com uma paixão misteriosa que se desenrolava no calor do momento.

Ambos se encararam profundamente, até que seus bicos se encontraram. Suas línguas se conectaram, sentindo a expressão mútua. Lor tirou sua roupa. O vento agitava-se entre eles, sincronizando-se como uma sinfonia de amor. Enquanto seu órgão a penetrava, suas expressões de prazer agitavam toda a atmosfera do local. Lor suava entre suas sobrancelhas, mais do que o calor que irradiava em todo o planeta. Ele ficou impressionado com a intensidade do ato, o olhar dela, o calor, o desejo que tinha por ela.

Na manhã seguinte, o sol brilhava intensamente, mostrando que um dia muito quente estava por vir.

— Acorde, sinto minhas penas vibrando por causa do calor — exclamou Elinor.

Lor esticou seus braços longos. — Hoje é o dia da missão, mal tivemos tempo de treinar para isso.

— Dizem que a horda virá na próxima semana — respondeu Elinor.

Ela vestiu sua farda de exploração, uma roupa com bainhas longas, nas cores verdes e amarelas, reluzindo sob a luz do dia.

— Foi difícil limpar o sangue deles, bom, vou me preparar para a missão também. Te vejo lá, Elinor.

Elinor estava distante, olhando para o vazio. — Sobre seus descendentes, tenho certeza de que descobriremos a verdade por trás de tudo isso. Ao contrário do que dizem, você é muito mais importante para nós. Acredito que essas superstições não têm fundamento. Seus descendentes com certeza são inocentes.

Ela aquiesceu e o encarou de volta com um semblante alegre. — Aposto que sim. Te vejo lá, Lor.

Zodíaco - SingularidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora