Capítulo 31 - Calamidade.

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Magma observava os hologramas de todas as naves invasoras quando captou o sinal das naves auxiliares de Ailiriam. —  Capitã Lúcia, detectamos naves imperiais Santores. Um grande reforço está vindo em sua direção. É a Rainha Brianna.

— Que ótima notícia! Talvez a raça dos Draconianos deixe alguns Nerberos para ela.

Soharis sorriu e coçou seu focinho. — Não posso acreditar no que estou vendo.

  Lúcia e sua equipe conseguiram finalizar com sucesso as naves invasoras que adentravam a região do planeta, uma área protegida pela camuflagem. Seus lasers disparados através dos cálculos de Magma foram um sucesso. Todos estavam comemorando com vinho. Agora, com a materialização do desejo de Draco, Dánaris sairá vitoriosa em breve.

Tudo deveria estar perfeito como seria em um dia normal em Ailamis. O planeta era abundante em flores, que percorriam todos os galhos das grandes árvores. Porém, o cenário de batalha trouxe um rastro de destruição. Azartar acabou com a horda de Nerberos que estava em seu caminho, enquanto Roran enfrentava dificuldades para enfrentar um grande maquinário.

 Roran, com seu nihônio, disparava canhões de plasma em várias direções, mas o maquinário inimigo era diferente desta vez. Tinha o aspecto de um grande tanque gigante com chifres, toda a estrutura vermelha, e seus canhões eram inatingíveis. Então, Roran manipulou seu nihônio e criou uma grande foice afiada, toda prateada e três vezes o tamanho normal. Desenvolveu asas prateadas a partir de suas barbatanas, assemelhando-se a um anjo em frente ao tanque.

— Esse é um dos Gauru'r. Está com dificuldades, Roran? Precisa de ajuda? — perguntou Azartar, debochando. Ele avistou três Nerberos arrastando duas mulheres Santores e, segurando sua lança, pressionou os pés no chão e lançou-a com toda a força, acertando os três.

Azartar criou uma montanha de corpos. O planeta, que era belo, se tornou um vasto cenário de destruição. Criou uma imagem sombria na mente dos outros Santores, levando muitos a acreditarem que seu planeta estava chegando ao fim. Ao ver Azartar, questionavam-se como um ser poderia ter tanto poder avassalador.

Nos próximos dias, os Santores da capital de Ailas o louvaram como o Deus Salvador. Para eles, ver um Draconiano era como acreditar nas profundas crenças nos Deuses de seu planeta, comparando-o a Aldehara, o Deus do Fogo.

Azartar era o mais puro dos Draconianos, suas asas vermelhas trouxeram esperança para todos. Os Nerberos que restaram fugiram para as montanhas ou se esconderam entre as árvores.

Roran traçou sua foice em diagonal e circulou o maquinário, abrindo-o pela metade. Dentro, um pequeno Nerberos estava enfurecido, com aparência muito menor do que os outros, não chegando a ter um metro de altura. Ao seu lado, havia dois Nerberos trajando armaduras de diamantes muito belas, com pequenos detalhes circulando todo o corpo e rostos tatuados.

— Você é muito bom! Muito bom, muito bom! — disse Ashagh, o pequeno Nerberos. Ele vestia um traje com insígnias, diferente dos outros, parecendo ser feito de uma seda de alta qualidade, não se assemelhando a uma armadura e não parecendo oferecer nenhuma proteção.

 Os dois Nerberos avançaram em direção a Roran, seu martelo quase acertou sua cabeça, mas ele desviou para trás, executando um mortal. Então, usando sua foice, atingiu a vértebra do inimigo, cortando-o ao meio. O outro Nerberos deu um grito enfurecido, tirou duas lâminas de sua cintura e partiu para cima de Roran, que desviava com facilidade até que um dos golpes atingiu seu peito, abrindo um grande corte em seu peito.

— Desgraçado, que força avassaladora é essa?

 Azartar estava observando tudo de longe. "Se precisar de mim, me chama", disse ele telepaticamente.

— Já disse que odeio quando entra na minha mente.

"Pare de ser chato, você já está acostumado. E reparei também que você é um baita de um tarado. Vi você dando em cima daquelas humanas."

"Está no nosso sangue.", respondeu Roran, sorrindo, antes de desaparecer no ambiente, camuflando-se com seu nihônio que assemelhava-se às árvores.

— Onde está? Onde está? — disse o Nerberos mais baixinho. — Gargaroth, se me entregar a cabeça desses dois, esta noite você banqueteia com mil Santores, especialmente mulheres e crianças.

Gargaroth mostrou suas presas e brandiu suas duas lâminas em todas as direções, criando um redemoinho.

— Esse é diferente dos outros. — disse Roran. — Mas minha foice de nihônio é capaz de penetrar qualquer defesa. — Ele então apareceu nas costas de Gargaroth, voando sobre sua superfície, enquanto observava o inimigo atacar em todas as direções como um cachorro louco. Roran também começou a golpear em todas as direções do redemoinho, com golpes poderosos e impactantes. Seus cotovelos criaram uma turbina que aumentava a potência dos ataques. Logo, Gargaroth estava sem seus dois braços e seus movimentos causavam mais destruição pelos golpes de Roran, incapaz de apará-los com sucesso, já que as lâminas vinham de diversos ângulos.

Gargaroth acabou perdendo suas duas pernas e seus dois braços, ficando deitado no chão.  Roran sabia que a luta havia terminado e deixou o inimigo vivo. Em seguida, voltou sua atenção para o Nerberos mais baixinho, que agora estava levitando e com uma pedra gigante flutuando sobre sua cabeça, do tamanho de um pequeno asteroide.

— Telecinese? Mas como?! — gritou ele.

Azartar sorriu. — Acho que ele acabará pedindo ajuda.

Zodíaco - SingularidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora