Proheh estava ocupado cuidando de Sui e Luh, preparando um almoço para elas. Sentadas à mesa redonda, as duas estavam inquietas, aguardando pacientemente pela refeição. Seus rostos não revelavam muita emoção, mantendo uma expressão neutra.
Com delicadeza, Proheh serviu os pratos e sorriu.
— Aqui está, um banquete para hoje!
— Obrigado, mestre Proheh — responderam as duas em uníssono.
Enquanto isso, Trenah estava nervoso e impaciente, aguardando a volta dos monges que haviam saído sem sucesso. Sentia-se frustrado por não ter conseguido caçar nada naquele dia, e percebia que os dias estavam se arrastando, com as provisões chegando ao fim desde a chegada de Anhur.
— Talvez esse anjo queira nos deixar morrer de fome — comentou Trenah, expressando sua preocupação.
Temehris se aproximou dele e ambos se cumprimentaram com um gesto na testa.
— Irmão... — disseram em uníssono.
— O dia foi difícil, as caças estão cada vez mais escassas, e o vazio se espalha pelas matas. Parece que a escuridão está dominando nosso planeta.
— Eu estive pelos campos, nas colinas de Quizas, e vi o que Anhur estava fazendo... Ele estava sugando toda a vida do planeta, as plantas, as árvores, tudo o que é puro, destruindo a criação do nosso Senhor como se nada pudesse detê-lo. Isso afetará o equilíbrio do nosso mundo. Mesmo que não estejamos sendo perseguidos por ele, seremos vítimas da fome.
— Não podemos desistir. Não fale assim, você está se perdendo em desespero por ter perdido o espectro — interveio Proheh, com lágrimas nos olhos.
— O templo está vazio agora, somos só nós, Sui e Luh. Precisamos aceitar que o fim está próximo e enfrentar nosso destino.
— Por favor, não diga isso a elas...
Enquanto isso, Trioh e Maha se aproximavam correndo do templo, com Trioh carregando um jovem que haviam encontrado.
Proheh e Trenah os viram e se levantaram animados.
— São eles! — exclamaram.
Trenah levou o jovem para uma sala usada para procedimentos médicos e o colocou em uma cama improvisada.
— Quem é ele? — perguntou Trenah.
— Suas antenas... — Proheh exclamou, surpresa.
Proheh examinou o jovem, verificando sua temperatura e estado geral.
— Parece que suas antenas estão intactas.
— Isso é incrível. Ele é o único além de nós monges que está vivo nesta cidade vazia.
O jovem começou a tremer e se contorcer. Proheh suspirou, preocupada com sua condição. Lembrava dos dias na grande cidade, com suas ruas movimentadas e os avanços científicos, como os telescópios capazes de observar estrelas. "Neherius", pensou, ao ver alguém de lá.
— Acho que ele não vai sobreviver por muito tempo! — disse Trenah.
Proheh examinou o jovem cuidadosamente, verificando seus sinais vitais e identificando uma pequena fratura na cabeça, além de uma contusão profunda. Concluiu que ele precisaria de repouso e uma alimentação adequada para se recuperar.
— Ele sofreu essa lesão na cabeça, provavelmente atingido por algum objeto. Precisará de tempo e nutrição para se recuperar.
Sui e Luh seguravam a mão do jovem, preocupadas com sua condição.
— Ele vai ficar bem? Por favor, cuide dele! Queremos que ele melhore.
— Sui e Luh, vão brincar lá fora. Deixem-nos a sós com ele.
De cabeça baixa, elas saíram do local, ainda tristes, mas com uma centelha de esperança e alegria em seus sorrisos. Sui dirigiu-se a Luh.
— Espero que ele melhore. Ele é tão bonito. Nunca vi uma pele com um púrpuro tão claro.
— Na cidade, eles são assim. Como estamos isolados pelas grandes árvores de Ahir, não vemos muita luz — explicou Luh.
— Você sempre mostra que entende melhor os estudos...
— Claro! Você está sempre concentrada nas folhas! Sempre chamando sua atenção. Nosso mestre disse que um guia é aquele que se concentra apenas no presente. Sem distrações, Sui?
Nesse momento, Sui apontou para o céu, uma nova estrela brilhante surgiu no céu noturno, tão visível que podia ser vista a olho nu. Luh saiu correndo para chamar os outros.
Trenah, Trioh, Maha e Proheh foram até a rua.
— O que será? Outro anjo para destruir nosso planeta? Conheço os céus de ponta a ponta, e sei que aquela estrela não deveria estar ali tão cedo — exclamou Trioh.
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Zodíaco - Singularidade
Science Fiction(Revisando) Num futuro distópico, onde a humanidade iniciou a colonização de mundos e até galáxias, desvendando uma tecnologia capaz de extrair o poder das estrelas, deu-se início a uma nova expansão pelo cosmos. Assim, surgiram os detentores do tí...