Extremamente realizada com a vaga na universidade de Oxford, Laura vê sua oportunidade de ouro escorrer pelos seus dedos quando sem querer, se envolve num assassinato em seu primeiro dia de aula.
Para provar sua inocência, ela conta com a ajuda de...
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Oxford conseguia me atrair ainda mais a noite, quando seus prédios monumentais pareciam muito mais misteriosos que de costume. A avenida principal era diferente, carregava o ar modernizado como as ruas de Londres, mas não iríamos pra lá, seguimos para a 6 Alfred Street onde ficava The Bear.
- Fiquei sabendo de rumores sobre você. - Ian não ligava muito, parecia em parte distante enquanto caminhava na calçada.
- Nada que eu já não saiba, vai ouvir muitos outros.
- Sendo assim, poderia aproveitar que estamos aqui pra matar minha curiosidade, - Na boca o pirulito de uva estava mais gostoso que o de morango mais cedo, sentia o vento frio bater no meu rosto e a passos relativamente lentos Ian forçou um sorriso amarelo como sempre.
- Não tô afim de te dar explicações, Laura.
- Porquê não gosta de Peter? O que fez pra que ele não gostasse de você?
- Disse, que não tô afim.
Ignorei sua resposta preguiçosa junto ao seu humor tedioso naquela rua, quase tinha me arrependido de termos vindo juntos não fosse pela curiosidade.- Tem a ver com a tal maldição dos calouros? - Tirei o doce da boca - Aposto que Billy fez pior com a diretora...
Parando de forma abrupta ele franziu o cenho - Ouviu o que eu disse? Não- tô- afim! Consegue ser bem irritante quando quer.
Foi automático os olhos revirarem, cruzei os braços esperando o quê mais, afinal, diria. - Fala sério, não deve ter sido tão ruim assim, Peter parece do tipo certinho então qualquer regra quebrada o deixaria zangado.
Já sem paciência o professor seguiu o caminho virando a esquina, fui atrás dele numa corridinha breve que me ajudou a aquecer o corpo. - Está chateado pela pergunta ou porquê não ficamos no quarto?
- Porquê estou entediado e preocupado garota, como se não bastasse você me enche com essas perguntas, eu só quero beber.
Em parte tinha razão, me perguntei se a convivência com Clara havia me contagiado com o espírito tagarela dela, aquele pensamento me arrancou um arrepio. Apressei o passo ficando a sua frente e interrompendo o percurso.- Só pra você saber, também preferia estar no dormitório.
Ian abriu os braços com os olhos arregalados.- Então porquê não estamos?!- Indignado, era compreensível, se fosse ele também iria querer me pegar.
- Porquê não sou uma desalmada.
- Muito cedo pra piadas, Laura.
- okay, talvez um pouco, - Voltei a caminhar e não demorou muito pra que víssemos o pub que por sinal, parecia bem movimentado.- preciso ajudar uma pessoa.
- "Preciso" e "ajudar" numa mesma frase saindo de você é no mínimo, suspeito.
Atravessamos a rua em direção a entrada, já conseguia sentir o cheiro de comida e chopp - Fica tranquilo professor, tá comigo, tá com Deus.
