Extremamente realizada com a vaga na universidade de Oxford, Laura vê sua oportunidade de ouro escorrer pelos seus dedos quando sem querer, se envolve num assassinato em seu primeiro dia de aula.
Para provar sua inocência, ela conta com a ajuda de...
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Passávamos pelos corredores logo após Laura, já faziam uns cinco minutos que a seguimos sem que notasse. As luzes parcialmente amarelas iluminavam o ambiente clássico, alunos passavam de um lado a outro facilitando nossa missão alí, na frente, beirando as pilastras perfeitamente desenhadas e altas ela caminhava com suas botas.
O vento fazia com que seus fios levantassem a cada passo, o mesmo acontecia com o sobretudo mal contrastado ao caminhar sobre o espaço escuro do campus.
- Aonde está indo Laura...- Bill cochichou ao meu lado, paramos atrás de um pilar até que se afastasse mais e pudéssemos continuar.
- Será no mínimo decepcionante se no fim, ela só estiver fazendo algo normal.- Meus olhos não desgrudavam dela pelo vasto gramado, meu amigo também observava.
- Não, ela não estaria tão ansiosa, Laura tem sempre respostas na ponta da língua, - Por um momento a palavra me fez lembrar, de nós dois no salão de confraternização quando quase lhe roubei um beijo, de toda forma foi tentador tê-la no colo por alguns segundos. Pisquei algumas vezes antes de olhar para Bill, não tirava a atenção da aluna por um segundo enquanto falava, me perguntei se alguma vez também já havia tirado uma casquinha com ela, ou melhor... Ela teria lhe arrancado um pedaço. - não é do tipo que espera por coisas, geralmente vai até elas.
- É...- Examinei o homem ainda pensando naquela possibilidade.- tem razão.
- Professores! - Tomamos um susto como se a alma houvesse saído do corpo, nos viramos num reflexo, era Clara.
- Clara...- Bill falou após um rápido suspiro de alívio.- O que foi?
- Por acaso viram Laura? É que vocês estão sempre juntos e eu pensei... Que talvez soubessem.- Ela ajeitava os óculos com uma expectativa, engoli saliva antes de responder qualquer coisa.
- Não, não sabemos dela.- Menti descaradamente enquanto suas sobrancelhas abaixavam decepcionadas, Bill pegou seu isqueiro vermelho acendendo um de seus cigarros. A nicotina sempre foi uma opção pra ele em situações de ansiedade, assim como o álcool era o meu, a diferença era de que nem sempre o tinha quando precisava.
- Que pena, não encontro ela em lugar nenhum, de qualquer forma obrigada.- Com apenas um aceno de cabeça se retirou pelo corredor.
Soltando a fumaça entre os lábios Bill me chamou- Consegue ver ela?
- Droga. - Não havia mais ninguém no gramado do campus, poderia ter entrado em qualquer uma das portas ou saído da universidade. Infelizmente nossa perseguição foi interrompida por conta de Clara - Vamos nos dividir, vê no salão que eu vejo na biblioteca
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Ainda era cedo pra me encontrar com Peter, aproveitei o espaço de tempo pra falar com minha irmã. Havia dias que não falava com ela, na verdade desde que cheguei não trocamos uma conversa descente e apesar de eu não ser do tipo melosa, Maria ainda era minha pessoa mais importante.
