Extremamente realizada com a vaga na universidade de Oxford, Laura vê sua oportunidade de ouro escorrer pelos seus dedos quando sem querer, se envolve num assassinato em seu primeiro dia de aula.
Para provar sua inocência, ela conta com a ajuda de...
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- Quer saber? Eu quero sim.- disse ela passando por mim. O all star branco a deixava mais baixa do que estava acostumado, segui a garota sem pressa.
Pouco depois ela diminuiu os passos pra que eu a alcançasse, não dei muita importância pra cara amarrada envolta de ondas volumosas, dada as circunstâncias é mais que natural que esteja assim.
O cigarro me ajudava a aquecer enquanto a brisa gelada batia no rosto, me perguntei como Laura conseguia aguentar o frio com apenas aquela jaqueta.- Sobre o que vai ser o seminário? A divina comédia?
Olhei brevemente sua figura ao meu lado na calçada. Pra dizer a verdade eu não tinha pensado sobre o tema, lhe dar esse seminário pra fazer foi um impulso depois de queimar seu cabelo e quebrar a tela do celular, estava mais pra descarrego de consciência, mas ela não precisava saber disso. - Não, tenho outra obra, mostro mais tarde.
- Humm...- Se contentou a dizer.
- Como foi com a amiga de Beatriz?
- Vou contar tudo quando Ian estiver presente, não quero repetir duas vezes a mesma coisa.
- Posso contar a ele.
- Pode me contar também sua versão sobre às gêmeas?
Laura era realmente boa em contornar situações a seu favor, parte minha ficava satisfeito em saber que ela queria ver os dois lados da moeda, nesse caso, mais de cinco lados. Mas o que me preocupava era, onde usaria essas informações.
- É você quem quer saber disso? Ou está sendo porta voz de alguém?
- Me poupe Billy, vamos parar de joguinhos.
- Não estou jogando, mas quanto a você, está?- A garota franziu a sobrancelha, não demorou muito pra que levasse a mão aos pontos, o movimento a fez sentir dor.
- Inferno de corte...- Resmungou.
Parecia que uma faca havia sido atirada contra ela, era difícil andar sem se sentir minimamente desconfortável com os olhares dos outros pedestres. Alguns tentavam disfarçar quando eu fazia contato visual, outros nem tanto.- Ficar encarando não vai ajudar em nada.
- O que?- Questionei minha aluna.
- Logo, logo você se acostuma com os olhares, é só ignorar.
- É o que faz? Ignora o que te incomoda?
- Teoricamente não dá pra me incomodar se eu não der importância. as situações tem o poder que damos a elas, eu escolho não dar poder nenhum.
Viramos a esquina já na familiar rua do pub, não era muito difícil enxergar a fachada do lugar com algumas pessoas entrando. O estado dela chamaria muita atenção lá dentro e pra piorar metade do público dalí era de Christ Church.- Você realmente poderia ter colocado seus óculos.- Disse após um suspiro frustado.
