V

404 68 8
                                    

Não sabia o porquê de ter seguido os dois até o quarto de Ian, pela urgência do tal assunto talvez eu tenha ficado um pouco curioso confesso- Achei que quisesse conversar na sua sala

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não sabia o porquê de ter seguido os dois até o quarto de Ian, pela urgência do tal assunto talvez eu tenha ficado um pouco curioso confesso- Achei que quisesse conversar na sua sala... - Laura disse retirando o sobretudo que vestia, o cigarro que havia me roubado minutos atrás foi deixado sobre a cômoda ao lado da cama de solteiro, ficou por alí mesmo, encostada com os braços cruzados examinando o cômodo tão atrativo quanto uma porta.

- Também disse que queria conversar amanhã, - Ian fechou o quarto logo após se dirigindo aos pés da cama - mas você me desobedeceu.

Sorriu, fazia aquilo quando algo o desagradava, forçava um sorriso visivelmente descontente e algumas piscadas rápidas. Seria facilmente um ator se quisesse e ele sabia disso, não era atoa o Q de galã, meu amigo gostava da forma fácil que atraía a quem quisesse - Eu não costumo obedecer... Professor.

- Era essa a conversa então? Se eu estiver sobrando avisem - Me sentei no colchão forrado, não tenho paciência pra frases soltas.

A garota respirou fundo arrumando o piercing - Bem, eu não tô com saco pra muita coisa hoje então vou ser direta, quero que me ajudem a provar minha inocência.

Não demorou muito, foram cerca de três segundos e uma troca de olhar entre eu e Ian, começamos a rir, cheguei a tossir com a fumaça do cigarro - Como é? Está se escutando? - Abrindo um bolso da jaqueta ele pegou um frasco com bebida, deu um gole tranquilamente, quem não parecia tão calma assim era Laura, não achou graça muito menos se moveu, continuava encostada no móvel cor vinho.

- Não é uma piada. - falava sério, foi a primeira vez que saiu de sua boca algo que não tivesse uma conotação sexual, esperei pra ver qual seria a justificativa pra uma ideia tão absurda - Elisabeth quer que eu prove que não matei aquela garota, passei três anos tentando entrar pra essa universidade e não vou sair daqui por uma coisa que não fiz. - Se afastou caminhando até Ian, consequentemente parando bem a minha frente, a minha visão dava diretamente ao seu quadril e coxas, era incrível como até quando não queria, provocava.

- Ainda estou tentando entender o que temos a ver com isso - Perguntei depois de tirar o cigarro da boca, a encarando diretamente, seu olhar me fuzilava de cima a baixo, ainda sentado vi seu tronco de inclinar pra responder.

- Vocês viram quando chegaram, ouviram eu perguntar quem tinha feito aquilo com ela.

- Eu não ouvi nada, você ouviu Ian?

- Eu? - Balançou a cabeça negativamente se sentando ao meu lado, Laura era a única em pé e aquilo parecia outra coisa vista de fora- tenho certeza que não.

- Cínicos, porquê eu mataria ela? Cheguei a menos de dois dias.

- Quem nos garante que não teve um atrito com ela? Hum? Eu não boto minha mão no fogo. - Respondi.

| A ÚLTIMA AULA |Onde histórias criam vida. Descubra agora