3 - BRASIL

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Não consegui postar na segunda, e também não consegui postar o segundo capítulo que prometi postar na sexta. Foi porque a bateria do meu celular simplesmente inchou, mas ajeitei isso ontem, só não postei, porque tive que viajar e ficou muito corrido o dia. Mas aqui está o capítulo, e vou tentar postar outro.

                         ***

— Um, dois, três...

     Malia contou vendo Lydia ajeitar o cabelo antes dela iniciar a filmagem. O celular suspenso, dando visão aos ombros de Malia e o corpo de Lydia quase inteiramente.

— Olha aonde estamos – foi descendo a câmera, dando uma visão do céu e de algumas folhas das árvores que beiravam elas, mas querendo mostrar realmente a placa um pouco atrás delas. Lydia sacudiu as mãos no ar, como uma comemoração, pulando no fundo.

“Liam Eugene”

Liam suspirou ao ler a placa, analisando os portes em lados opostos, como uma entrada, que suspendia ela no ar por meio de uma corrente vinda dos dois lados. O Dunbar revirou os olhos.

Sério que ele colocou nosso nome na propriedade? - L

Liam suspirou, batendo a bota no chão ao tremer o pé em um tic.

Olha o lado bom, é uma forma de dizer que te ama. - L

Um sorriso foi quase empurrado em seus lábios, enquanto a ideia cobria sua mente, o deixando mais tranquilo.

Uma forma bem brega! - L

A agonia voltou por um segundo, até que o Dunbar sentiu os ombros serem espremidos por um braço que rodeava ele rapidamente. Um gentil aperto foi depositado assim que Nolan conseguiu alcançar o ombro esquerdo de Liam, pousando o corpo do lado direito do amigo, que estranhou a proximidade.

— Tudo bem? – Nolan questionou.

  Liam sorriu fracamente, sabia que Nolan era cuidadoso com detalhes que normalmente passavam despercebidos. Ele era bom em notar aflições, mesmo tendo aquela banca mais autoritária, e durona, do que a própria Lydia, tudo era por preocupação no final das contas.

— Nada, é só que já faz um tempo que não vejo ele – falou, se referindo ao pai. Liam não podia negar que se perdeu na burguesia, em algum momento ele se tornou ambicioso demais, ele saiu do “é necessário” para o “é diversão” e já perdeu fortunas como os "amigos dele" — Eu fiz muita babaquice antes de conhecer a Lydia, e meu pai se irritou demais comigo, eu culpei ele, culpei o divórcio, mas tava tudo certo, eu não senti nada quando eles se separaram, eu só gritei com ele para abafar as verdades que ele tava dizendo sobre mim.

— Talvez você tenha sentido, algumas dores demoram para aparecer ao ponto de não sabermos de onde veio o golpe – Nolan disse suave. Se acostumem com isso, com essas pequenas atitudes da parte do Holloway, ele é o famoso amigo “Estarei aqui quando precisar, idiota” — Você não parece alguém de fazer babaquices, se foi, não é mais. Ele irá notar.

    Os jovens foram interrompidos pelo barulho das rodas do gipe girando contra a lama. Liam sorriu menos apreensivo depois de Nolan. Não ficou abatido quando não foi seu pai a afundar os sapatos pulando para fora do gipe em um gesto de entusiasmo.

— Sejam bem-vindos, Viajantes! – um sorriso gentil esbaldava bondade. Covinhas eram visíveis nas bochechas brancas que tomavam um aspecto rosado, por uma resposta não tão calorosa quanto ela.

— Ela disse: “Bem-vindos, Viajantes!” – Liam se virou para os amigos, gritando em inglês que responderam com risos e expressões esclarecidas.

— I'm sorry, I forgot that they don't speak Portuguese.
(Desculpe, esqueci que eles não falam português) – a garota disse diretamente para Liam, antes de se virar para os outros – Vou tentar ensinar um pouco para vocês nesses dois meses, ok? – os garotos assentiram  – Já estão acostumados a aprender línguas novas, ou terem tutores, mas nem todo mundo que trabalha aqui sabe inglês, então vão ao menos aprender o básico, já que temos moradores que são fãs de vocês e que devem pensar que vocês tem um Google tradutor portátil dentro da mente.

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