28 - ENTÃO FOI ASSIM QUE TUDO ACONTECEU

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O pó claro foi jogado contra a pele que tinha seu mesmo tom. O pincel espalhando com delicadeza por cima do produto úmido que havia sido passado antes do pó. Corey apenas conseguia rir com a cena, reconhecendo que os lábios tortos da irmã era por um raiva ainda vivida.

— E foi assim que você me empurrou do armário, senhorita Argent – o homem ousou brincar, enquanto tinha o queixo fortemente segurado pela mão da garota, que queria total visão do pescoço dele — Inclunsinve – a voz pela metade, uma vez que o polegar e o indicador de Allison apertava as bochechas dele como um botão — Eu te perdôo por isso – falou, com um sorriso exibido.

— Não foi minha culpa! Eu realmente pensei que estivesse sendo usada, não que seu pai fosse espalhar histórias que ele mesmo criou – Allison finalmente se pronunciou, diferente dos garotos, ela não conseguia rir com aquela situação — Mas me perdoe, Theo, eu só queria socar a sua cara, e te empurrar, e gritar com você. Não devia ter sido muito impulsiva.

— Tudo bem, até porque meu pai não ouviu – o Raeken deu de ombros. Quando ele acordou, aquele dia mais cedo, escovou os dentes e fui direto para o quarto do pai como de costume, meio receoso, esperando que Jonathan até se recusasse a vê-lo, mas o Raeken mais velho parecia agir como se nada tivesse ocorrido — Então, só a Iolanda, o Tyler, a Maila e sei lá mais quem estivesse alí, sabem. Ou talvez meu pai também esteja nessa lista, mas está fingindo não saber. Sinceramente, eu não estou me importando muito com isso.

— Percebemos, o seu pescoço praticamente gritou isso – Corey se intrometeu, na porta do quarto, que estava aberta por não ter ninguém além deles em casa. Allison soltou um fraco riso pela primeira vez desde que tudo ocorreu ontem.

— Por incrível que pareça, não é isso que estão pensando – Theo avisou, mas os irmãos pareciam duvidar — Sério, não é.

— Não precisa negar, não é nenhuma vergonha – Corey brincou e Allison só arregalou os olhos ao ver um dos seus queridos pincéis voar em direção ao irmão. Um barulho fraco ao atingir a pele do Argent, e um estalo ao ir direto pro chão depois do impacto com o garoto — Aí!

— Eu já disse que não é isso que está pensando! – Theo avisou, mirando o amigo com o olhar, a mão ainda no ato que congelou após lançar o pincel, punho fechado e braço levemente boiando no ar.

— Você está me devendo um pincel – Allison falou antes de dar um tapa no amigo, tão estalado quanto quebra de seu pincel.

[...]

 
  — Vamos fazer um passeio de barco, Liam, você vem? – Iolanda perguntou, atrás da porta azul, cinco segundos depois o garoto abriu a porta — Vamos dar um passeio, você vem? Os Hale vão com a gente – a madrasta perguntou, novamente.

— Ah, pra falar a verdade, eu não estou me sentindo muito bem, acho que é a mudança do clima – empurrou a desculpa, o sorriso da loira se caiu e se ergueu em conformação, antes dela transmitir um “tudo bem então” e ir em direção as escadas, isso quando Tyler já chamava pelo nome dela.

  Liam encostou a porta do quarto, voltando para os lápis e folhas espalhados pela cama dele. A mente dele havia acordado ansiosa por grafitis, por rabiscar até formar imagens. Quando voltou para casa aquela manhã, ele buscou os materiais que tinha trazido com ele na viagem, e desde o café estava ali, empenhado em dar mais vida aos diversos rascunhos que foi fazendo e deixando pela metade.

Ele não sabia ao certo o que estava desenhando, mas encontrou imagens inteiras naquelas linhas desordenadas que tinha feito na folha, e eram imagens familiares.

Ele sorriu, assim que puxou a folha que tinha só mínimos sinais do que devia ser uma mão, logo ele inciou esse outro desenho, ficando perdido alí por horas.

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