26 - O RESULTADO DE TUDO ISSO

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  Cheguei em meus capítulos favoritos da fic, sinceramente, o começo da história sempre me deixou muito insegura. Como eu parei de escrever ela por um bom tempo, tipo meses, e retornei com uma escrita mais atenciosa, ficou muito diferente, sabe? O que também proporcionou um desenvolvimento diferente para história, tanto os personagens quanto minha escrita foram mudando e eu não sei se consegui manter alguém lendo até aqui, mas se consegui, juro que não irá se arrepender.

     ***

   A vila brilhava mais que bailes de desenhos animados da Disney. A sanfona era o instrumento mais despertado na música que escapava em sincronia das caixas de som. As barracas faziam uma avenida ilustrada por luzes que seguiam o ritmo de bandeirolas, mas estavam presas no teto não tão alto das barracas, que estavam em distâncias consideráveis, com suas guloseimas já a amostra, ao ponto de fazerem os olhos de Iolanda brilhar.

No fim do corredor de barracas, havia o palco, e Liam não fazia a mínima ideia quem subiria nele, só estava admirado com a proporção que a festa havia tomado.

  Sua roupa, estava um tanto comum, a temática da festa era só uma blusa quadriculada com tons mortos que combinavam com sua calça preta e sapato marrom. De acréscimo, um imprevisto chapéu de palha que foi empurrado em sua cabeça por um Ícaro saltitante, que não colocou muito esforço para alcançar a altura de Liam. O de idade menor, estava com um sapato incrivelmente branco, calça jeans clara rasgada nos joelhos e um moletom escrito “I'm the king, fuck the rest” em letras amarelas grotesca sobre o tecido cinza, que lembravam mais uma pichação

  — Parabéns pela festa, Liam – o garoto disse gentilmente, por incrível que pareça, antes de sair tão apressado como havia se aproximado.
 
   Liam não entendeu muito bem, porque o parabéns era dado a ele, não enquanto sua mente ainda questionava se Ícaro sabia o que estava escrito em seu moletom, não quando parte de si sentia certa agonia pelo fato de Theo não ter chegado na hora que havia afirmado que chegaria. No entanto, bastou ele se encontrar sozinho no começo do corredor de barracas, como se ainda não tivesse certeza se podia começar a adentrar o real local da festa, para sua mente começar a reparar.

Está tudo como desenhamos - L

E alí existia uma magia, desta vez, não era nem comparável aos dos desenhos da Disney. Aquela magia era real, aconchegante e fazia um coração acelerar como se a vida se tratasse de uma corrida sobre quem bombeia sangue por mais vezes em minutos. Havia algo admirável em ver peças se encaixando, notando novamente o real tamanho da formiga, porque não havia razões para seu surto, Tyler havia feito tudo como Liam desenhou, e estranhamente ele sabia que não era pela “síndrome de agradar”, mas sim pelo fato de que o seu pai realmente havia admirado sua ideia, mesmo não demostrando como Liam queria que demonstrasse. Mais do que elogiar um plano, e pôr ele em prática, e, por mais que uma simples palavra como “perfeito, Liam, você está sendo incrível”, fosse mega importante para o garoto, o fato de Tyler ter honrado o desenho, que pouco olhou, significava muito mais.

  Bendita seja a estampa de um moletom, porque Liam sussurrou o que havia nela para si mesmo, rastejando pela mente como se fosse um versículo da Bíblia.

Somos o rei do mundo, foda-se o resto! - L

— Vamos, Dunbar! – Liam ouviu uma voz animada entre a música que ainda se alastrava pelo local. Isso antes de seu braço ser agarrado por Nolan, que o puxou para continuarem o lindo caminho que estava bem a frente deles.

  Liam piscou para o cabelo meio rosado de Nolan, um pouco assustado e surpreso que o amigo realmente tenha levado a sério a promessa. Seus dedos se entrelaçam, e Deus, Nolan devia estar confundindo Liam com Malia, porque a forma como tomou o braço do amigo foi diferente, o Dunbar já estava se sentindo um tanto especial aquele dia, mas agora a sensação aumentava um pouco mais.

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