17 - TALVEZ SEJA O DESTINO

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  Theo não conhecia o lugar que estava, mas se sentiu estranhamente como se sentia na vila. A conversa fluia com o tal do Victor, e parecia normal para ambos o fato de terem se conhecido no dia anterior a aquele.

— Deve ser muito lindo, é meu sonho – Victor falou, depois de Theo ter contado sobre morar em uma fazenda — Eu tenho medo de animal, mas acho legal, longe de mim, é tipo... Muito legal.

— Medo de animal? – Theo riu, sem entender muito, talvez o rapaz só tivesse medo de insetos, ou bichos peçonhentos.

  Estavam em uma mesa de uma praça, esperando um lanche, que era vendido em um Food truck ao lado, exatamente como as outras pessoas, em mesas e cadeiras.

— Sim, cavalo, cabra... Essas coisas, se for maior que um cachorro, eu tenho medo – Victor falou, e de alguma forma era compreensível.

— Mas são tão doces.

— Disse o cara que levou um coice quando era criança – o Raeken ficou sem palavras, tinha contado a história de relance — Perdeu os argumentos.

— Mas no caso, a burrice tinha sido minha – falou, fazendo o outro mexer a cabeça negativamente.

  Um breve silêncio ficou depois que as forças risada dissimularam no ar, deixando uma certa inquietação em Theo, algo notado por Victor.

Não é igual ao silêncio do Liam -T

Okay, eu entendo o fato do Liam ser uma das únicas pessoas assumidas que já entramos em contato, pelo menos como amigos. Mas ficar comparando qualquer interação com quem quer que seja, com nossa amizade com o Liam, é bizarro -T

  Uma das vozes de sua cabeça estava certa, mas o fato daquele silêncio só ser desconfortante, era algo impossível de esconder, por isso Victor procurou desesperadamente outro assunto.

— Céus, eu estou sem ideia para o que perguntar – Victor avisou, arrancando uma risada do outro, Theo também não tinha o que perguntar.

— Sei lá, eh... Trabalha com o quê? – Theo perguntou. Pior pergunta, o temperamento, do quase que recém conhecido, não deixaria uma piada passar.

— Prostituição.

— Eu também! – Theo falou, com uma falsa empolgação.

— Com essa carinha, desconfiei.

— Okay, agora ofendeu – Theo falou, ficando por um segundo sério.

— Perdão, é que você é um cara bonito.

— Achei que ia dizer que me viu em algum lugar – Victor piscou, Theo mexeu a cabeça negativamente.

— Bem, mas a onde você trabalha? – Victor questionou, já que onde ele trabalhava era óbvio, se conheceram no trabalho dele.

— Conhece a Impossibile?

[...]

   Liam tratou de puxar a cadeira de Malia, que agradeceu com um aceno enquanto se sentavam com dois possíveis investidores na nova campanha que a Hale cosméticos e a Impossibile, marca do vinho dos Dunbar, iria lançar.

— Bem, como dizíamos – Malia começou, antes de pegarem os cardápios, ela improvisava com o pouco de português que aprendeu — Parece um pouco louco a intercessão entre uma marca de cosméticos e uma de bebidas, mas o que planejamos é criar uma adaptação de uma coleção única lançada há muito tempo, pelo senhor Dunbar.

— Já devem ter ouvido falar da coleção Athena – Liam se saia melhor manobrando o idioma — Só doze garrafas foram feitas, dadas para pessoas específicas, ou enviadas para restaurantes como esse – deixou claro o quão único era, se quer uma gota daquele vinho.

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