Thiam - The Ideal Love?

20 - MISSÃO: PARTE 2, AÇÃO

  Theo caminhou pela vila enquanto trançava três fios de palha por não ter muito o que fazer. Ele levou Ícaro de volta para casa, e começou a pensar com quem falaria sobre o festival. Não precisava passar de casa em casa,boara resolver aquilo, só precisava falar com alguém que fizesse todos ter conhecimento daquilo e dissesse se era ou não uma boa ideia, ao final das contas.

  O seu pai seria a pessoa apropriada, se o ocorrido fosse há alguns anos atrás, mas agora, a única pessoa que vinha a mente de Theo, além de Tyler, era Thómas. Bem, Thómas era padrinho de Theo, marido da Benta, e também era uma pessoa muito procurada ali, cheio de histórias e conselhos, alguns o considerava até medium. Normalmente, o homem caminhava pela vila toda manhã, assim que o sol raiava.

  Quem olhasse para aquele velho homem, não desconfiaria de que sua idade era 76 anos, ainda havia alguns maltratos da vida corrida em seus traços, mas sua disposição criava a ilusão dele ter alguns anos há menos do que seu físico demostrava. Sempre animado, e sem dúvida sempre apressado e atarefado. Theo pouco conversava com o padrinho, porque para encontrar o homem, e falar com ele, precisaria estar disposto a andar até as beiras do rio.

  Por sorte, o Raeken sempre se manteve informado sobre os horários de sua caminhada. Assim que o sol nascia, e assim que começava a se pôr, era assim em dias frios, ou de calor.

  — Ómas – era como muitos chamava o homem, praticamente um mensageiro dali. Theo deu uma corrida, assim que viu o padrinho parar para ver o que ele queria. Thómas já deixava a fachada da casa vermelha.

— Theo – o homem sorriu, vendo o sobrinho com um respirar mais pesado só pela breve corridinha — Tudo bem com seu pai? – Thómas tinha uma voz rouca, devido a idade, mas seu tom animado era disperto em toda palavra que dizia.

— Tudo ótimo, graças a Deus – o Raeken suspirou, recompondo a postura que havia curvado por cansaço — Já vai caminhar? – Ómas só sorriu, era meio óbvio. Theo só olhou nada simpático para o capuz transparente da capa de chuva do padrinho, acolhendo o rosto redondo de Thómas — É que eu tinha uma coisa, pra conversar com o senhor.

  Algo que Theo sentia certo incomodo em relação ao padrinho, era que o mais velho sempre trabalhava com lógica. Deixando palavras soltas, respondendo coisas com o olhar ou o sorriso, até mesmo com ações. Foi quase impossível não revirar os olhos, quando Thómas olhou para o caminho na frente deles, como se dissesse “O caminho é longo, pode ir falando”. Os ombros do Raeken voltaram a cair, mas sendo cobertos pelo braço do outro.

— Devia ter trazido a sua capa.

[...]

— Então, você quer usar nossos fãs, lara arrecadar dinheiro, e pagar uma divida, que você gerou, para satisfazer uma negociação particular do seu pai? – Lydia perguntou, e só pelo modo que ela falou, o sorriso de Liam murchou.

  Ele moveu a cabeça para o lado, suspirando. Lydia suspirou também, mas entortando os lábios como se estivesse olhando para um bichinho de estimação sentindo dor. Receio era visível nos olhos da ruiva, a forma como ela chacoalhou a cabeça levemente para os lados, reprovando a ideia, enquanto a pena pela recusão ainda estava lá.

— Eu sinto muito, Liam, mas não dá – Lydia tentou ser cuidadosa, era quase como se ela soubesse que estava assoprando a vela do amigo — Eu adorei a sua ideia, mas os viajantes não se limita mais a somente nosso grupo. Temos os patrocinadores, os investidores, os produtores. Quando se trata da nossa vida pessoal, tipo nossas férias aqui no Brasil, podemos sim manitorar. Mas esse tipo de evento atinge a nossa vida profissional, e precisamos calcular muito antes de fazer algo assim – e lá estava Lydia, listando muitas razões para mostrar que não era por ela.