26ºCapítulo (Amélia)

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Chego a casa, fecho a porta atrás de mim e sento com as mãos a volta das pernas.

Hellen: o que você tem?- ela sentou ao meu lado- não é que eu estou preocupada, é só...curiosidade- ela olhou para mim e eu senti que ela estava realmente preocupada.

Eu: descobri quem é a minha mãe- ela arregalou os olhos- eu ainda não tenho certeza, vou fazer o teste amanhã.

Hellen: e...e quem é?- ela parece preocupada.

Eu: é a Celine, ela me contou hoje.

Hellen: a Celine? hm...e se ela for mesmo a tua mãe?- ela levanta e eu também.

Eu: não sei, mas vou tentar perdoar e perceber o lado dela, foi difícil para mim, mas para ela também foi ela me contou tudo.

Hellen: e você acredita nela? Você vai viver com ela?

Eu: talvez, se o teste der positivo eu vou ter que acreditar, afinal o Noah e a Maya conhecem ela muito bem, e sim, eu vou embora, eu tenho que recomeçar a minha vida com ela, eu quero saber do que ela gosta e não gosta... enfim, e o teu desejo vai se concretizar- sorrio de lado.

Hellen: aham...-ela baixou a cabeça.

Fui ao meu quarto e me deitei na cama, se ela for mesmo a minha mãe, a minha vida vai começar de verdade com ela, levantei e procurei todas as minhas fotos que os pais da Hellen me tiraram quando eu era criança, e também as fotos da escola, coloquei tudo numa caixa com um laço vermelho.

(...)

No dia seguinte acordei ansiosa, me preparei mais rápido que tudo, fui para a cozinha e vi a mãe da Hellen e lembrei que ainda não contei nada para ela.

Joana: bom dia querida, tudo bem?- ela fala enquanto leva a chávena de café até a boca.

Eu: sim, sim está tudo bem- peguei numa maça- agora eu tenho que ir.

Saí rápido antes dela falar alguma coisa, decidi não falar nada ainda sem ter a certeza primeiro, depois de eu ver o positivo no papel do hospital não vou falar a mais ninguém. Cheguei na porta da casa do Noah e toquei a campainha.

Celine: bom dia- ela sorriu e eu também- entra.

Eu entrei e o Noah estava atrás dela.

Noah: você esta bem? Eu ontem não falei nada porque achei que você queria ficar sozinha.

Eu: estou bem, só um pouco ansiosa, mas bem.

Ele me abraça e eu fico a procurar a Maya com os olhos mas não a encontro.

Eu: onde está a Maya?

Maya: estou aquiiii- ela desce as escadas a correr- eu preciso da tua ajuda.

Ela me puxa e me leva até ao quarto onde tem muita roupa espalhada na cama e na cadeira.

Eu: passou um furacão aqui?- ela ri.

Maya: olha- ela tirou o celular que estava em baixo da confusão e me mostrou- é por isso que preciso da tua ajuda.

Ela me mostrou uma mensagem do Adam a pedir para se encontrarem em casa dele.

Eu: não acreditooo, mas não percebi uma coisa, queres a minha ajuda para?

Maya: são duas coisas, a primeira é que eu não sei o que vestir e a segunda é que eu quero muito ir contigo ao hospital, mas tam...- eu lhe interrompi.

Eu: Maya, o Noah vai comigo, eu não vou estar sozinha e o resultado não vai sair no mesmo dia, amanhã podes ir comigo, e sobre a roupa...- eu olhei para a cama onde esta a roupa toda e levantei um vestido azul claro muito bonito- esse é perfeito.

Maya: obrigadaa- ela me abraçou- você não vai ficar chateada ne?

Eu: claro que não...vocês estão juntos?- eu ri.

Maya: sim, quer dizer eu não sei, mas acho que não.

Eu: como assim?

Maya: ele me beijou ontem e foi... Foi incrível, acho que estou a me apaixonar, mas não sei se ele sente o mesmo- ela baixou a cabeça triste.

Eu: Maya, se ele te convidou para ir na casa dele para fazer não sei o que, eu acho que ele gosta sim de você- eu lhe abracei.

Maya: mas ele é...estranho, as vezes está tão triste que parece que alguém morreu e outras vezes está mais estranho que o normal, eu nunca o vi feliz, os olhos dele sempre estão cansados, parece que lhe falta alguma coisa.

Eu: bom, talvez consigas descubrir hoje.

(...)

Chegamos ao hospital, o Noah foi até a receção, para falar com a senhora que estava lá.

Noah: temos que ir para o primeiro andar- ele veio até nós.

Celine: então vamos.

Nós nos levantamos e fomos até o primeiro andar, senti um frio na barriga eu estava nervosa.

Enfermeira: é para o teste de DNA?- ela apareceu a nossa frente.

Eu: sim.

Enfermeira: vocês podem esperar nessa sala ate eu chamar por favor- ela saiu e nós fomos nos sentar.

Cada momento que passa, cada espera, cada segundo é como se eu estivesse a queimar por dentro, eu estou tão ansiosa que parece que vou vomitar.

Vi alguém com um casaco preto e com capuz a entrar na mesma sala que a enfermeira tinha entrado, o casaco tinha uma flor rosa nas costas, não consegui ver a cara, mas estava muito estranho, cinco minutos depois ela saiu e foi embora.

Enfermeira: Celine, por favor- ela levantou e entrou na mesma sala que a pessoa estranha entrou.

Ela não demorou, quando ela saiu foi a minha vez, o Noah foi comigo, olhei para a mesa ao lado e vi um frasco de sangue com uma etiqueta com o nome da celine e ao lado vi quatro frascos que eram para me tirar o sangue.

Eu: porque que a celine só tirou sangue em um frasco, não devia ser quatro igual a mim?

Enfermeira: vi que não era necessário quadro frascos- ela pegou na seringa e vi que ela estava a tremer.

(...)

Eu: voces não acharam muito estranho?- falo enquanto saio do hospital atrás do Noah.

Noah: para mim estava tudo bem.

Celine: a enfermeira só me tirou o sangue uma vez e ela estava a tremer muito.

Eu: sim, eu também percebi isso, era suposto ela tirar quatro frascos invés de só um.

Noah: o importante é que voces já fizeram o teste e que amanhã vamos saber os resultados, não se preocupem com o resto.

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OIIIII, NOVO CAPÍTULOOO.
Espero que gostem.

Bjs, Ali.





























  

O vizinho insensívelOnde histórias criam vida. Descubra agora