8°Capítulo

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Duas semanas se passaram e eu já fiz muitos amigos aqui, o Noah está a preparar uma viagem para a praia, e todos vão, não sei se o Adam vai, mas não me importa, depois do que aconteceu na casa dele, eu fiquei muito estranha, estou a sentir raiva dele, eu nunca senti raiva de ninguém.

Noah: Maya, o Nathan está a tua espera- eu lembrei que o Nathan me pediu para sair com ele uns dias atrás.

Eu: oi Nathan, tudo bem?

Nathan: sim, você esqueceu ne?

Eu: como é que você sabe?

Nathan: é fácil, você desceu muito rápido.

Nós começamos a rir e saímos, ele me levou a um parque, nós caminhamos e ficamos a conversar por alguns minutos.

Nathan: sabes Maya, antes de voltar para o Japão, eu tenho que dizer que estou apaixonado.

Eu: sério?- eu sorri- e quem é? É a Hellen? Por favor diz que não é ela.

Nathan: não é ela, é uma menina mais inteligente, sorridente, sensível e muito linda.

Eu: é a Amélia?

Nathan: não, Maya... És tu...- ele ficou com uma cara triste e eu fiquei surpresa ao saber que ele gosta de mim.

Eu: Nathan, eu...- ele me interrompeu.

Nathan: eu sei que você não gosta de mim.

Eu: Nathan, o carinho que eu sinto por você é muito especial, mas eu não posso corresponder, mas não fica triste, no Japão vais encontrar uma japonesa bem bonita que vai roubar o teu coração.

Ele começou a rir e nós continuamos a caminhar.

Eu olhei para a frente e vi que tinha um cemitério ao lado.

Nathan: esse é o cemitério mais próximo do condomínio, você quer entrar?

Eu: não, para que? Eu só tive um pressentimento ruim... mas porque? Se eu entrasse você também ia entrar não é?- eu olhei para ele curiosa.

Nathan: eu?? Não, eu tenho medo.

Eu: ahh Nathan, se for para ter medo, tem que ser dos que estão vivos, os mortos estão... Mortos.

Ele riu e nós continuamos a andar, eu olhei mais uma vez para o cemitério e vi o Adam a entrar lá.

(...)

Eu: Noah, eu vou até a casa da Amélia, tchau.

Deixei o Nathan e o Noah, e fui até a casa da Amélia, no caminho ouço alguém a falar no jardim, eu encostei para ouvir melhor.

Gabriel: quero que pintem essa casa novamente, limpem todo o pó e deixem a casa como estava, talvez assim ele vai me perdoar.

Eu não entendi nada, mas sabia que era o pai do Adam que estava a falar.

Fui até a casa da Amélia, bati a porta e a Hellen abriu.

Hellen: ahh, é você...- ela me olhou com uma cara de enjoada.

Eu: cuidado para não vomitar Hellen.

A Amélia começou a rir.

Gustavo: oi princesa, tudo bom?

Eu fiquei em choque ao ver ele aí parado, eu ainda lembro do dia que ele gritou comigo na festa.

Amélia: vem Maya, vamos ao meu quarto.

O vizinho insensívelOnde histórias criam vida. Descubra agora