6°Capítulo

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Eu fui procurar o Noah e ele estava com o Nathan.

Eu: oiieee, Noah, eu emprestei uma camisa tua ao Adam, não tem problema ne?

Noah: tu fizeste o que?

Eu: a culpa foi minha, eu tropecei e molhei a camisa dele.

Noah: eu não estou chateado, mas da próxima vez tens que falar comigo antes de mexer nas minhas roupas senhora.

Eu: está bem, amanhã eu vou lá bem cedo buscar a camisa.

Noah: tu sabes onde ele vive?

Eu: ele é nosso vizinho não?

Noah: é, mas sabes onde é a casa dele?

Eu: não.

Noah: Nathan, amanhã podes ir com ela ne?

Nathan: ahm, eu??

Noah: sim, tu só estás aqui a ouvir a conversa, amanhã vais com ela.

Eu: obrigada Nathan- eu sorri.

Amélia: Noah, o Gustavo está a lutar outra vez- a Amélia chegou a correr.

Noah: outra vez? Que idiota.

Fomos todos na sala e o Gustavo estava a lutar com um rapaz qualquer.

Eu estava a começar a entrar em pânico, eu não consigo ver lutas, então comecei a abrir caminho na multidão para eu subir para o quarto.

Gustavo: Mayaa, você não me beijou porque?- ele viu que eu estava aí e parou de lutar.

Ele estava a vir na minha direção, parecia que ele estava bêbado, ele pegou numa garrafa de vidro do chão, partiu e começou a vir na minha direção.

Gustavo: ninguém me rejeita, você foi a primeira, e eu não aceito isso- ele levantou a garrafa partida e o Noah foi para cima dele, lhe tirou a garrafa e lhe mandou ir embora.

Eu fui até o meu quarto e me deitei na cama, a Amélia veio atrás de mim.

Amélia: ele já foi, fica calma.

Eu: ele é assim todos os dias?

Amélia: só quando bebe, a vida dele é mulheres e o álcool.

Eu: eu estou tão cansada, eu tenho que levar isso ao Adam amanhã- eu lhe mostrei a camisa.

Amélia: que issoooo, vocês estavam a fazer o que aqui?

Eu: nadaa, eu só molhei a camisa dele e ele veio trocar, aí ele ficou estranho como sempre e saiu a correr.

Amélia: outra vez Maya? Eu lhe vi a sair, ele estava muito estranho.

(...)

Eu acordei, fiz as minha higienes e desci as escadas, estava tudo limpo e bem organizado como se nada tivesse acontecido.

Fui até a cozinha e encontrei o Nathan e o Noah.

Eu: bom diaaaa.

Nathan: bom dia.

Noah: bom dia senhora.

Eu: eu estou a perder o hábito de ver o nascer do sol por vossa culpa.

Noah: eu fiz o que?

Eu: estou a falar da festa, eu estou cansada.

Noah: você nem fez nada, e além daquilo com o Gustavo, tudo o resto estava bem.

Nathan: e ainda temos que ir buscar a tua camisa.

Eu: nem me fala.

(...)

Eu saí com o Nathan e ele estava muito calmo.

Eu: você não gosta de falar?

Nathan: falar o que?

Eu: sei lá, conta alguma coisa, você vive aqui também?

Nathan: não, eu vivo em um apartamento.

Eu: sozinho?

Nathan: sim, mas eu vou voltar para o Japão.

Eu: ahmmm, tu és japonês?

Nathan: é isso mesmo.

Chegamos até uma casa grande e bonita, na entrada tem um segurança, achei desnecessário porque o condomínio já tem.

Segurança: alguma coisa?

Eu: sim, eu vim entregar uma coisa para o Adam.

Segurança: só um momento- ele pegou num celular e começou a falar com alguém- pode entrar.

Ele abriu o portão e o Nathan não entrou comigo.

Eu: você não vem?

Nathan: eu prefiro ficar aqui mesmo.

Eu comecei a andar e vi uma porta e antes de eu abrir, uma senhora abriu para mim.

Eu entrei e vi que dentro é muito grande, tinha um senhor de pé com uma cara nada amigável no meio da sala principal.

****: o que te traz por aqui?

Eu: o Adam, esqueceu isso ontem na minha casa.

****: você é amiga dele?

Eu: não, eu não sei, nós nunca tivemos uma conversa amigável.

****: eu sou o pai dele, Gabriel.

Eu: muito prazer, eu sou a Maya.

Adam: estás aqui a fazer o que?

Eu: tu esqueceste a tua... - ele me interrompeu.

Adam: sai daqui agora.

Gabriel: Adam, que maneiras são essas?

Adam: pai hoje não, você sabe hoje não.

O senhor Gabriel olhou para o Adam e saiu.

Adam: tu ainda estás aqui?- ele olhou para mim- desaparece daqui agora.

Eu: sinceramente eu não sei o que você tem, mas com certeza eu não tenho nada a ver, eu só vim aqui para pegar a camisa que eu te emprestei ontem, e vim entregar a que esqueceste, e para de ser tão insensível com as pessoas que não têm nada a ver com a tua vida, e o idiota aqui és tu, porque tu só te preocupas contigo mesmo e não queres saber se as tuas palavras vão magoar alguém ou não, então por favor vai buscar a camisa- eu gritei.

Ele ficou parado a ouvir, e eu nem me apercebi que estava a chorar de raiva, ele subiu umas escadas e pouco tempo depois ele voltou com a camisa.

Adam: agora vai embora- ele falou com a voz rouca, eu olhei para ele- vai embora Maya, agora.

Eu deixei a camisa dele e fui embora.

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Oiiiii, outro capítulo grande, espero que gostem.

Bjs, Ali.

O vizinho insensívelOnde histórias criam vida. Descubra agora