cap 12 - tempero de família.

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JISUNG

Como Felix disse, o meu vizinho realmente foi lá deixar comida...chegou todo quietinho com o bebê no colo e um monte de sacolas eu confesso que senti meu coração de princesa acelerar até!

─ eita gracinha, veio deixar mais alimentos pro seu lorde?

─ ....deixa disso..eu vim só te trazer mais algumas coisas nada demais.

─ deixa disso você né seu otário! Tem nem aonde cair morto e fica nessa comprando comida pra mim! Ver se vira gente. ─ falei breve ─ me dá esse bebê aqui e me alimenta.

─ ..que isso agora??

─ shhh, eu sou autoridade. ─ ele me entregou o bebê ainda receoso. ─ olha que lindinho nem parece que me tira o sono

─ ...desculpa por isso. ─ ele foi tirando as comidas de uma sacolinha.

─ para de se desculpar bocó! Eu em, cada coisa ─ olhei o bebê e ele tava me babando todinho, só deus na causa. ─ me alimenta logo, a comida daqui é sem sal.

─ eu te falei!

Ele disse rindo..ele tinha um sorriso bonito e devia sorrir mais vezes, gostei do sorriso dele.

─ mimimi, cala boca e me alimenta.

Abri a boca para ele, esperando a comida que ele tirava cuidadosamente de dentro do potinho com o hashi, tava quase chorando de fome eu confesso...meu bucho tava revirando já de fome.

─ cuida! ─ abri mais a boca e ele enfio um monte de comida na minha boca.

Comi animado fazendo uma dancinha enquanto olhava para o bebê que ria com a mão na boca, realmente o muleque cozinhava muito, me apaixonei no tempero dele...senhor, tô virando cadelinha desses cuidados todos.

─ ó lindão, que tempero você usa na comida??

─ um especial...tempero de família, apenas pessoas da família sabem. ─ ele sorriu e colocou mais comida na minha boca

─ me conta ai por favor. ─ falei de boca cheia ─ tá uma delícia isso aqui.

─ não. Você não pode saber, apenas não. ─ riu baixinho, era um cafajeste vestido em uma fantasia de cordeiro branco.

Bom, ele continuou me alimentando que nem a boa princesa que eu sou e deveria ser alimentada e eu ali segurando o bebê que mais babava e ria do que tudo, era uma graça e me trazia lembranças...

mas ainda sim me deixava acordado a noite toda.

Depois que terminou de me alimentar ele guardou os potinhos todos, uma bela dona de casa eu diria. Limpou minha boca enquanto eu o encarava e logo ri.

─ tava uma delícia gracinha. Deveria abrir um negócio assim..sabe?? Tipo.. restaurante ou sei lá vai vender quentinha no condomínio.

─ pra isso eu precisaria fazer um investimento.. não tô com condições de investir assim sem saber se vou ter um retorno em dobro do que investi.

Frio e calculista, gostei dele..era inteligente, fazer o que né.

─ precisaria de quanto? ─ falei limpando a boca do bebê com um paninho.

─ .. ué..como assim?

─ te dou o quanto você precisar, aí quando você ganhar dinheiro suficiente você me devolve e se muda.

─... você quer me dá dinheiro pra eu ganhar dinheiro e depois me mudar?

─ sim, assim que ganho minhas horas de sono novamente e óbvio, eu vou poder comer sua comida sem ter que pagar nada.

Sorri, eu não fazia ideia se ele ia aceitar isso...eu tava sendo generoso demais.

Eu deveria virar um santo por tá ajudando tantos pobres.

─ eu tenho que pensar bem sobre isso ─ ele falou passando a mão nos cabelos, até que seus cabelos eram bonitos.

─ então tá, você pensa aí e me responde em pelo menos duas semanas se não eu irei gastar toda a desgraça do meu dinheiro.

Sorri para ele.

E é, ele ficou ali comigo me contando um pouco sobre sua vida e coisas que havia lhe acontecido mais sempre muito superficial nunca dava muitos detalhes então eu só sabia coisas básicas dele. Tipo, eu sabia que ele gostava de cozinhar, gosta de gatos, gostava do filho dele, a ex esposa e de ver filmes no cinema mas que não via a um bom tempo..ele era legalzinho até, acho que em algum multiverso muito louco eu podeira ser amigo dele ou quem sabe até..

Deixa pra lá.

Só sei que de nada sei e que já tô enjoado da caceta desse hospital! Ainda terei que ficar aqui e depois em casa...aí porra, Papi do céu porquê me odeias tanto!?

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𓄹 cap mais curtinho mesmo porque eu não sou obrigada a nada né meus amores.

ꤥ Kaká

 Ꮳara ɑo Ꮮado { Minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora