Capítulo 4

4.7K 1K 190
                                    

Viro minhas costas para ele, sentindo minhas pernas tremerem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Viro minhas costas para ele, sentindo minhas pernas tremerem. Só não sei se foi pelo meu encontro com o Flávio ou meu embate com o Play.

Também não sei o que me deu para agir do jeito que agi com o Play. Confesso que amo esse embate entre nós, onde cada um de nós tenta medir forças. Ele me quer isso é nítido, mas será que eu estou deixando claro que também o quero?

Sinto que essa troca de farpas na qual estamos nos acostumando, nos levará a um caminho sem volta. Nossa atração é quase palpável, seu olhar intenso demonstra o quanto ele me quer e não faz um pingo de questão de disfarçar.

É como se fossemos gato e rato dos desenhos animados; um provocando o outro, um armando para que o outro caia na armadilha que nos levará para a acama.

Paro no bar, peço minha bebida e minha mente volta ao encontro com o Flávio. Sorrio ao lembrar do seu olhar surpreso quando não permiti que ele me humilhasse como sempre fez. Pela primeira vez desde que terminamos permanentemente, fui capaz de enfrentar suas palavras odiosas, seu desejo constante de me subjugar. Pela primeira vez não me encolhi num canto ou me acovardei diante dos seus abusos mentais.

—Aqui sua bebida minha linda. — O barman diz, chamando minha atenção para o seu sorriso devastador. — Você está muito séria para quem está em uma balada.

— Nada que a cachaça não resolva. — Digo, tomando um gole generoso da minha bebida gelada. — Obrigada, está deliciosa.

— De nada, você sabe a quem procurar quando quiser mais uma. Agora vá se divertir! — Diz me enxotando.

Ando pelo lugar observando todos a minha volta. Encontro as meninas reunidas na mesa onde Play estava e vejo que meus primos vieram também. Valentin está com aquele olhar de quem quer fugir para algum lugar longe daqui, Vicente como sempre, está com os olhos cravados na Olivia. Dante com suas mãos possessivas está grudado na minha irmã e temos também Igor, que conversa com o Arian.

— Onde você estava!? — Gaia é a primeira a me interrogar.

— Em um encontro nada prazeroso, isso eu posso afirmar. — Respondo, mas ela não deixa passar e continua me olhando. — Flávio.

É tudo o que digo e meus primos se enrijecem em seus lugares, assim como minha irmã, que está com um olhar assassino. Vicente se levanta, olhando ao redor para tentar achar meu ex e como se fossem um imã, Olivia se aproxima dele colocando sua mão em seu ombro.

— O que esse filho da puta queria? — Igor pergunta.

— Nada que eu não conseguisse resolver. — Digo o fazendo me olhar feio.

Gaia me puxa pelo braço até nos afastar de onde estávamos, me encurralando contra a parede.

— O que aconteceu e não me venha com mentiras. Quer que eu ligue para papai? Eu ligo Alicia, o Ursão está doido para colocar as mãos naquele pescoço de frangolino!

Vadia modo OnOnde histórias criam vida. Descubra agora