Assim que dei o primeiro passo para longe dela, tudo o que eu queria era volta e pega-la em meus braços e leva-la para longe. Para um lugar onde poderíamos ser somente ela e eu mais uma vez, sem pressão, sem satisfação, sem problemas, trabalho e todas as merdas que vem junto. Porém, eu sabia que ela precisava conversar com o pai e principalmente, conversar com a Gaia.
Quando chego em frente à casa do Dante e vejo o carro da Maria na garagem, respiro fundo antes de entrar, pois sei que sofrerei um interrogatório por parte dela.
Como sempre fiz, entro na casa sem tocar a campainha e assim que fecho a porta atrás de mim, ouço a algazarra das crianças na cozinha. Ablla assim que me vê, corre para me abraçar e falar a velha frase.
— Você está muito magro menino. — Ela diz com aquela voz de mãe preocupada.
— Por isso vim aqui, para você me alimentar sua linda. — Digo, agarrando seu corpo fofinho e a enchendo de beijos.
— Tio Play! — Gael me grita assim que entra correndo pela cozinha, vindo do quintal.
—Ei moleque, fazendo muita bagunça com seus primos? — Pergunto, pegando-o no colo.
— Ele cortou o cabelo da minha boneca nova. Ele está virando um pestinha bagunceiro. — Gio diz de onde está sentada.
Olho para ela e é difícil não me emocionar, pois ela é a cara da mãe. Dos olhos aos cabelos, do sorriso faceiro aos pés pequeninos. E do mesmo jeito que meu coração amolece, uma dor me acomete, pois sinto que falhei com aquela menininha que seguia a mim e aos irmão pelos cantos da casa na Itália.
— Será que você ficou muito grande para dar um beijo no seu tio? — Dante pergunta, olhando-a fixamente.
Gio levanta da cadeira e sem que o pai veja, revira os olhos para ele e me dá um sorriso arteiro que eu tanto amo.
— Oi tio Play. — Ela me abraça apertado enquanto beijos seus cachos cheirosos. — Senti saudades.
— Eu também pequena, prometo que te pegarei para passarmos o dia juntos. O que acha?
— Acho que vou gostar muito, podemos ir ao cinema? — Aceno com a cabeça que sim e ela sorri. — Posso levar minha melhor amiga?
— Claro!
— Resposta errado fratello. — Dante ri alto. — Como vai cara? Conseguiu resolver as coisas?
— No caminho disso fratello, no caminho disso.
— Senta menino, vou servir um prato para você, já que todo mundo já almoçou.
E Ablla faz exatamente isso, ela me serve um prato enorme da sua comida gostosa enquanto Dante me atualiza do que aconteceu na minha ausência.
Perdemos a noção do tempo enquanto conversamos. De repente Maria entra na cozinha com os olhos arregalados e completamente pálida, fazendo meu amigo pular do seu lugar para socorre-la.
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Vadia modo On
RomanceAlgumas situações nos moldam de uma maneira diferente, que podem ou não acarretar mudanças tantos boas quanto más. Ser constantemente comparada é uma delas, ouvir que você precisa ser igual ou agir como a outra pessoa é outra. Por isso tentei mudar...