Capítulo 01

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Sabe o que a vida me ensinou ao longo dos meus 34 anos? É nunca julgar um livro pela capa ou me desfazer de alguém sem ao menos o conhecer

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Sabe o que a vida me ensinou ao longo dos meus 34 anos? É nunca julgar um livro pela capa ou me desfazer de alguém sem ao menos o conhecer... aprendi sentindo na pele e devo dizer que não foi uma boa coisa.

Às vezes você se encanta por algo bonito, por alguém que conhece por toda a sua vida, por sorrisos ou atitudes que podem mascarar o pior. Aprendi minha lição e perdi muito pelo caminho que escolhi, mas ganhei minha liberdade e desde então venho desfrutando dela.

É incrível como podemos ser iludidos quando somos crianças. Como somos vulneráveis a opiniões dadas por aqueles que deveriam ser nossos heróis. Hoje eu aprendi que muitos dos heróis que existem por aí, não passam de vilões disfarçados de mocinhos e que se disfarçam tão bem que são capazes de enganar o mundo, até mesmo seu próprio sangue.

— Está pensativo meu amigo, o que se passa na sua cabeça? — Dante pergunta ao sentar na cadeira vazia ao meu lado.

— Como somos fáceis de enganar quando éramos crianças. Tão vulneráveis que beira ao ridículo! As vezes fico pensando o que teria sido de mim se não tivesse escutado toda aquela sujeira... onde eu estaria agora, Dante? Morto? Seguindo os mesmos passos dela? Trancado em algum hospício? Casado com alguma fortuna da Itália? Ou teria me transformado em um capacho como ela fez com ele?

— De onde saiu tudo isso Play? Por que logo agora? O que mudou meu amigo? Ela voltou a te vigiar ou entrou em contato? — Dante pergunta, se empertigando na cadeira ao meu lado me dando completa atenção. — É só falar que aciono um dos meu contatos na Itália.

—Não é nada disso meu amigo. Para ser sincero, nem sei o que aquela maldita anda aprontando ou se está me vigiando, não depois de ter mandado meu recado com o corpo do capanga dela.

— Algo mexeu com você. Algo ou alguém. Quer me falar sobre isso?

— Você lembra do olhar que ela nos dava? — Pergunto e ele respira fundo antes de acenar que sim. — Ela nos olhava com nojo, como se fossemos algo podre, como se fossemos inúteis e que não deveríamos estar no mesmo ambiente que ela.

— Tudo o que interessava para ela era o poder. Usava e usa as pessoas como peças de xadrez e se não servisse para o que queria, ela mandava matar. Ela só queria ao seu lado pessoas que fossem devotadas a ela, que a colocassem acima de tudo, como uma santa ou sei lá mais o que. Se você não tivesse serventia ela te despachava como um lixo qualquer.

— E eu nunca fui fiel a ela, não depois do que descobri. Mas não é nela que estou pensando. Só que um olhar que recebi me lembrou muito dela e isso está me deixando louco!

— Alicia D'Ávila tem alguma coisa a ver com isso?

— Não entendo essa garota e isso está me deixando louco! — Falo revoltado. — Gaia e ela são gêmeas, certo?

— Sim, mas só tem em comum a data de nascimento. As duas são completamente diferentes uma da outra, como o sol e a lua, a água e o óleo.

— Não quero dizer em aparência ou gênio, sei lá o que eu quero dizer! Estou ficando maluco meu amigo, só isso explica!

Vadia modo OnOnde histórias criam vida. Descubra agora