Estaciono meu carro em frente a uma enorme casa em um dos condomínios mais prestigiados de Campinas. Muro alto, com uma cerca elétrica cobrindo o topo dele, um portão tão alto quanto o muro que rodeia a casa, acho que esse povo deve se sentir claustrofóbico vivendo assim.
Como eu entrei? Meu amor... não existe uma pessoa nessa cidade que eu não conheça!
Olho para o meu lado e quase caio na gargalhada ao constatar o semblante do meu futuro genro, isso é, se ele conseguir amassar a fera que eu chamo de Ursão. Play está branco feito um papel de oficio, agarrado ao banco como se sua vida dependesse disso.
— O que foi mafioso, está passando mal? — Pergunto ironicamente.
— Nunca mais ando de carro com você, porra! Sua habilitação deveria ser caçada, onde esse povo estava com a cabeça de deixa-la dirigir!? — Ele pergunta irritado ao descer do carro, batendo a porta antes mesmo que eu pudesse responder.
Rio baixinho com o rompante irritado desse menino. Agarro minha bolsa, coloco meu óculos escuro e caríssimo, calço meu salto agulha e desço do carro em seguida. Confiro minha maquiagem pelo retrovisor, checo minhas roupas e só então olho para o menino tatuado de aparência perigosa e constato que sua imagem irá me ajudar e muito.
— Onde estamos Yza? Perguntei varias vezes e você ainda não me respondeu.
— Na casa do Flávio e seus pais. — Digo tranquilamente.
— Que porra você veio fazer aqui!?
— Não seria a mãe que eu sou se eu deixasse de vir eu caro. — Digo seriamente, tirando meus óculos para olhar em seus olhos. — Meu marido tem uma aparência perigosa e as vezes ele é pode ter certeza, porém ele tem um certo limite. Sabe como é, ética e um nome para proteger, querendo ou não Gael tem que se controlar, mas eu? Limite não existe no meu vocabulário, não quando os meus filhos estão envolvidos.
— Escuta Yza... e já cuidei disso, esse verme nunca mais chegará perto da Alicia e se chegar eu acabarei com ele.
— Sim, eu soube, e agradeço muito pelo que fez e devo avisar que meu marido ainda vai acertar as contas com você e sua empáfia. Porém, a leoa que habita em mim está rondando a jaula, irritada pelo que fizeram com o seu filhote. — Falo e vejo um certo respeito brilhar em seus olhos. — Alicia, assim como todos os meus filhos, não nasceram de chocadeira e eu falo pelos meus seis filhos. Por eles vou ao inferno e sento no colo do capeta, lidar com esse povo esnobe não é um terço do que sou capaz de fazer por eles.
— Você pode acabar se prejudicando, acho melhor a gente ir embora.
— Você ainda não sabe!? Eu tenho um atestado de doida, assim como a minha mãe, se eles acharem ruim eu alego insanidade e está tudo certo. Agora vamos, tenho que pisar em algumas baratas!
Saio andando na frente dele, mas não deixo de escutar o que ele resmunga baixinho e isso me faz rir.
— Caralho, por que sempre atraio as mulheres loucas!? Que inferno! — Ele sussurra baixinho.
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Vadia modo On
RomanceAlgumas situações nos moldam de uma maneira diferente, que podem ou não acarretar mudanças tantos boas quanto más. Ser constantemente comparada é uma delas, ouvir que você precisa ser igual ou agir como a outra pessoa é outra. Por isso tentei mudar...