Capítulo 13

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Nunca, em toda a porra da minha vida, eu poderia imaginar que estaria de pernas para o ar curtindo uma praia tranquilamente ao lado de uma mulher

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Nunca, em toda a porra da minha vida, eu poderia imaginar que estaria de pernas para o ar curtindo uma praia tranquilamente ao lado de uma mulher.

Sim, curtindo sem nenhuma preocupação, sem negócios para atrapalhar meu sono ou as crises matrimoniais do meu melhor amigo, que sofre com as merdas dos hormônios de sua esposa. Muito menos estou perdido no drama do meu segundo melhor amigo, que está de quatro por uma garota de dezessete anos, que o vê como a porra da sua melhor amiga com troca confidencias e o caralho a quatro.

Nesse momento sou apenas eu, um homem que está conhecendo profundamente uma mulher e que está se vendo encantado a cada dia que passa. Claro que ainda mantenho contato com o mundo existente fora da minha atual bolha, como responder as mensagens dos meus amigos e sócios, assim como responder as mensagens da mulher mais louca que já conheci e que se intitulou minha sogra.

Yza D'Ávila Reed, é a porra da mulher mais cansativa que já tive o prazer ou desprazer de conhecer. Ela me cansa apenas de respirar ao meu lado, pois tudo o que se passa em sua cabeça sai pela porra da sua boca, sem ponto, sem virgula e freio.

— No que está pensando? — Alicia pergunta ao sair do banheiro enrolada em uma toalha.

— Em como sua mãe é cansativa.

— Sim, ela é isso mesmo, mas que saber? Eu não iria quere-la de outra maneira. — Ela diz sorrindo enquanto se veste. — Ela é a mulher mais corajosa que conheço, e a que tem o coração mais grandioso também.

— Princesa, sua mãe é louca. Louca com direito a camisa de força e quarto acolchoado. Não sei como seu pai aguenta a sua mãe, eu aposto que ele deve sofrer de ulcera de mil e uma maneiras.

— Essa é a minha mãe. Meu pai faz o drama dele, mas não mudaria ela em nada. Quando crescemos e passamos a entender um pouco as coisas, ele nos sentou, a mim e as minhas irmãs, e nos contou um pouco do que eles passaram quando minha mãe foi perseguida por um psicopata.

— Eu ouvi falar um pouco do que aconteceu e isso só reforçou a minha opinião sobre ela. Quem é que sai no braço com a porra de um psicopata, Alicia?

— Uma pessoa que tem muito a perder. — Ela responde como se fosse a coisa mais normal do mundo. — Minha mãe tinha meus irmãos, Júlio e Maria, ela tinha meu pai e o restante da nossa família. Ela sabia que se alguma coisa acontecesse com ela, iria destruir todo mundo. Ela não iria aceitar que uma outra pessoa ditasse o que ela iria fazer ou que determinasse quando ela iria morrer.

— Você tem que entender que isso é loucura.

— E eu sei que é, mas se ela não tivesse lutado com todas as suas forças, ele teria matado a minha mãe e eu e as minhas irmãs não teríamos nascido. Mesmo cansada, mesmo machucada e sangrando, ela nunca desistiu e isso nos ensinou muito. — Alicia diz pensativa. — Minha mãe poderia ter entrado para a estatística de mais uma mulher sendo morta, mas ela lutou tanto quanto apanhou. Ela poderia ter vivido como mais uma vítima, mas ela nunca aceitou esse fardo ou rotulo. Demorou anos para o meu pai se recuperar do medo de perde-la enquanto minha mãe estava plena, curtindo e cuidando dos filhos.

Vadia modo OnOnde histórias criam vida. Descubra agora