case 067

147 13 9
                                    

•pov jake•

Chutei a porta e entrei. Como previsto, os dois sequestradores e a vítima estavam dentro da casa. A princípio, os homens me olharam supresos, suas feições logo mudaram para raiva. A mão do mais baixo foi até a cintura, na procura de uma arma.

- Mãos para o alto.

Com a arma na sua mira, ele me obedeceu e levantou as mãos. O do lado fez o mesmo. Amy soltou a mulher. Eu sorri para ela enquanto os policiais uniformizados levavam-os para fora, ela me encarou séria.

- Você não esperou o sinal.

- Você demorou muito. - falei brincando.

Ela passou por mim, seu cheiro invadindo minhas narinas.

- Amy, eu estava brincando.

Tentei segurar seu braço, mas ela se desvincilhou.

- É sempre assim. Você é um péssimo primário, é egoísta e não se importa em ouvir ou seguir o seu secundário.

Apertei meus lábios de cima com os de baixo.

- Eu não senti falta disso.

Ela me olhou, não havia raiva, só tristeza, pura decepção e aquilo doeu pra caramba. Amy se virou e não voltou mais. Só a encontrei 4 horas depois, na hora de ir embora.

- Segura a porta.

Ela segurou a porta do elevador para mim, pelo menos não está zangada. Olhei em seus olhos, a mesma decepção de antes.

- Desculpa Ames, eu tento ser um bom primário mas o Batman em mim é mais forte.

Ela riu fraco.

- Você se sentiu assim em todos os casos que trabalhamos juntos?

Nós trabalhamos em 3 só essa semana e mais de 20 há cinco anos atrás.

- Só nos em que você foi primário.

A porta do elevador abriu, eu a segui até o seu carro.

- Ah - segurei sua mão, como se fosse um vaso frágil. - Eu sinto muito, não queria te deixar mal. Às vezes sou fominha e não percebo, mas eu juro que confio muito nas suas habilidades como detetive.

Ela sorriu sem mostrar os dentes.

- Eu sei, só é um conselho, ok? Não quero que a nossa relação acabe que nem antes.

Eu sorri.

- Não vai.

Ela me beijou suavemente.

- Quer ir pra casa?

Assenti. Em menos de cinco minutos, chegamos em sua casa.

- Eu te amo. - peguei em sua mão.

Ela sorriu.

- Eu te amo mais.

- Quer apostar?

Ela assentiu. Pela primeira vez, nenhum de nós teve gatilho com uma aposta, vejo como um progesso.

- O que eu ganho?

- Todo o meu amor e carinho?

Ela fez uma careta, eu bati em seu braço levemente.

the way i loved you {peraltiago}Onde histórias criam vida. Descubra agora