the way i loved you {peraltiago}

tkx babe

•pov jake•

- Recebam pela primeira vez Jake e Amy.

Fui na frente e estiquei os braços, mostrando Amy. Ela riu da minha graça.

- Vamos colocar as aulas de dança à prova?

Ela assentiu.

- Vamos arrasar.

Lover começou a tocar. Entrelaçamos nossas mãos e dançamos, um passo para a esquerda, outro para a direita. Amy surpreendentemente não pisou em mim. Eu olhava em seus olhos, incapaz de focar nos nossos convidados, ou no fotógrafo, eu só prestava atenção nela.

- Jake.

- Sim.

- Jake.

O som de palmas me despertou, Amy me olhava com uma expressão preocupada no rosto.

- Tá tudo bem?

- Sim.

Olhei para a pista de dança. David e Mary agradeciam os aplausos e liberavam a pista para os convidados dançarem. Eu havia sonhado acordado com Amy, com nosso casamento.  Nós nem estamos namorando e eu já penso em casar. Não posso contar isso à ela, se não ela vai me estranhar, com toda razão.

- Tem certeza?

- Absoluta. Vamos dançar?

Ela assentiu. Começou a tocar músicas dos anos 70, as quais não reconheci, mas Amy sabia todas.

- Você boiou muito.

Eu ri.

- É.

Nós inventamos uma coreografia, como Amy não sabia dançar, ela imitava os meus movimentos. As mãos subiam, depois iam para os lados, os pés iam para frente e para trás. Era simples, mas Amy fazia parecer complicado. Eu ri dela errando todos os passos.

- Cala a boca, eu estou gabaritando.

- Com certeza.

Ela me bateu. A música mudou para uma lenta, apenas instrumental. Ela apoiou a cabeça no meu ombro, coloquei minha mão na sua cintura e entrelaçamos nossas mãos. Eu não me importei de todos os olhares estarem sobre nós, meu mundo era só ela. Cheirei seu cabelo, um leve aroma de avelã.

- Jake.

Resmunguei em resposta.

- Estamos namorando?

Ela olhou para cima procurando meus olhos.

- O que você quer?

- Quero namorar com você.

- Então sim, estamos namorando.

Ela sorriu e voltou a deitar no meu ombro. Eu sorri a música inteira, só de sentir o calor do seu corpo já é o suficiente para me fazer feliz. Não percebi quando a música mudou para uma mais animada, Amy também não. Só me dei conta quando as pessoas começaram a pular ao nosso redor. Me afastei.

- Não. - ela me puxou de volta.

- Acabou a música, podemos voltar para a nossa coreografia.

- Eu quero ficar abraçada com você.

Eu envolvi meus braços ao redor do seu corpo. Ouvi cochichos, mas os ignorei. Passamos músicas assim, animadas ou lentas. A falação aumentou, mas não nos separamos. Era como se o restante do mundo não existisse. Até que voltou a existir, quando eu fui ao chão com a boca sangrando. Olhei para cima, Amy gritava com Teddy.

Levantei com ajuda de David. Amy veio até mim, ela me analisou, tocou nas minhas feridas. Sua boca mexia, mas nenhum som saía dela.

- Não te escuto.

Ela fez careta, provavelmente falei alto demais. Ela conversava com David, vi Teddy caminhando na minha direção, tentei correr, mas as pernas fraquejaram. Ele me socou e eu caí no chão.

♤♡◇♧

Abri os olhos lentamente, a luz me incomodava, então os fechei novamente.

- Jake?

Me esforcei para mantê-los aberto, depois de muita luta, consegui abrí-los. Foquei em Amy, em seus olhos preocupados, em seu rosto lindo, eu sua bochecha cheia de lágrimas secas.

- Jake.

Ela me abraçou. Foi o suficiente para me trazer à realidade.

- Ames.

Segurei em sua mão.

- O que aconteceu?

- Teddy te socou duas vezes. Você desmaiou na segunda.

Rangi os dentes.

- Ele foi preso.

- Vai ser liberado amanhã?

Ela assentiu.

- O que importa é a mancha na reputação perfeitinha dele. Não quero que ele te machuque e depois saía impune.

Eu sorri, o movimento doeu.

- Quando vou ter alta?

- A enfermeira vai te examinar primeiro.

Amy fez carinho na minha mão.

- Desculpa ter feito papel de idiota na frente da sua família.

- Jake, nunca fale isso. Você fez certo em não revidar.

Eu olhei para a sua mão, especificamente para o roxo nela.

- Você não pode dizer o mesmo, não?

- Dei um soco nele antes da ambulância chegar.

- E isso não vai afetar isso reputação perfeita?

- Ele nunca falaria mal de mim e mesmo que falasse eu não me importo, foi por uma boa razão.

Eu sorri, não me incomodei com a dor.

- Obrigado amor.

Ela sorriu.

- É assim que estamos nos chamando agora?

- Não se acostuma.