Casa comigo?

Capítulo 21

Os rostos tristes e abatidos da minha família era difícil de ver, porém necessário, Taehyung e eu decidimos finalmente ir embora amanhã, já compramos nossas passagens e sairemos às 6:30am e por isso toda essa tristeza, seria até engraçado se fosse em outro momento. Mas como minha avó mesmo disse, talvez seja a última vez que eu a vejo, dói pensar isso, porém não é uma realidade distante. 

Então estamos passando cada segundo ao lado deles, fazendo tudo o que eles querem, comendo, bebendo e conversando as mais variadas conversas. Depois do momento com o Tae na noite anterior, as coisas entre nós estão mais intensas, nossos olhares sempre se encontram e eu me perco olhando para o fundo daqueles olhos tão lindos e como eles brilham olhando para mim. Não é porque é meu marido, mas aquele homem, Ah, que homem... suspirei e me afundei no sofá.

— Amigo, amigo, você tá muito ferrado — olhei para Jimin vendo ele sorrir de lado antes de se sentar ao meu lado.

— Por que?

— Você é um completo gado por aquele homem bem ali — ele apontou para Taehyung que conversava com vovó, ele sorria e mexia as mãos explicando alguma coisa, tão bonito, sorri apaixonado.

— Eu sou completamente rendido a ele.

— Estou vendo... — Sorriu — Ahn... eu queria perguntar algo...

— O que foi? — ele mordeu o lábio inferior, sinal de nervosismo — o que aconteceu, Jimin?

— Eu vou para Nova York com vocês — ele disse baixo, mas eu consegui ouvir e arregalei os olhos.

— O que? É SÉRIO? — gritei surpreso e animado, ele assentiu constrangido — mas porque está envergonhado assim? — sorri ao ver Taehyung caminhando até nós curioso por meu grito, puxei sua cintura o fazendo sentar em minha coxa direita.

— Porque eu queria saber se posso ficar com vocês — ele foi falando e foi abaixando o tom da voz até eu não ouvir mais.

— O que? — Questionei confuso

— É claro que pode, meu apartamento é grande, tem três quartos, você pode ficar em um, quanto tempo precisar, viu?— Taehyung sorriu animado e foi aí que eu entendi o que ele dizia.

— Tem certeza? Eu não quero atrapalhar, eu prometo que saio assim que arrumar um emprego.

— Não atrapalha, ruivinho, sua presença sempre será bem vinda, não é Jungkook? — eu estava me questionando sobre isso, mas sim, Jimin sempre seria bem vindo, só que... agora? Tipo agora? Eu e Taehyung praticamente ainda estamos na lua de mel e eu não sei se é uma boa ideia... claro que jamais deixaria Jimin nas ruas de Nova York, mas eu ofereceria meu apartamento que vai ficar vazio, não precisa pagar aluguel, apenas água e luz, talvez Internet.

— Ahn, é claro — respondi ao receber um cutucão na costela, Taehyung me encarava esperando uma resposta.

— Então você vai fazer o que? — Perguntou animado e Jimin sorriu também animado.

— Ahn, eu quero fazer gastronomia.

Eu me perdi na conversa ainda com pensamentos longe, eu gostava de Jimin, claro, a presença dele é ótima, mas tipo, morar comigo e Taehyung? Tipo agora? Ah, eu queria chorar, porque nós não teríamos privacidade o suficiente para conversar em qualquer lugar, ou se nós brigar? Ou se eu quiser fazer sexo na cozinha? E na sala? Aí teremos controlar os gemidos altos de Taehyung, porque esse bebê é um escandaloso, não que eu esteja reclamando, eu amo na verdade, mas será que Jimin vai amar? E se ele amar demais? Oh que eu estou pensando?

— Kookie? — Despertei de meus devaneios com a voz de Taehyung — Estou vendo fumaça sair das suas orelhas, o que está pensando tanto? — percebi estar sozinho com Taehyung na sala.