Prólogo

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Notas da autora:

O-lá! Bem-vindos à esse surto de loucura que eu chamo de história. Sim, é um crossover. Yep, é um clichê Legomance e, Oh, garoto, eu estou tããão indo para a Mary-Sue descarada.
Avisos (porque se alguém me vier com mimimi depois eu vou amar poder dizer que avisei, hehe):
1- Vai seguir principalmente os filmes de Senhor dos Aneis, mas não fielmente. Apenas menções à Naruto serão feitos, não precisa ter assistido o anime para entender porque eu vou preencher as lacunas com o decorrer da fanfic.
2- É uma história demorada, eu gosto de construção de cenário e detalhes. O foco será em aventura/ família/ superar traumas e o aspecto romance vai ser mais como uma subtrama.
3- O romance é definitivo (sem chance de harém/triângulo amoroso) e lento que só a peste. Sério, se você gosta de coisa rápida sugiro que não prossiga ou seus níveis de ansiedade vão subir.

*Ilustração pelos artistas: Wlop e Olga Tereshenko

Prólogo

Kana Uchiha nasce no meio de um campo de batalha com sua mãe lutando até não poder mais pelo bem de sua vila. Ela nasce sem saber que o vermelho seria a cor mais presente de sua vida, sem saber que não tinha escolha a não ser se tornar mais uma criança soldado.

Ela nasce com a expectativa de todos ditando que ela seria uma guerreira, uma assassina e mais arma do que humana.

Então ela é moldada e forjada, antes de sequer conseguir formar frases complexas.

Kana Uchiha tem um ano quando começa a andar; dois quando começam a ensinar a formar selos de mão e a segurar uma arma; três anos quando os exercícios de chakra começam e a alfabetização inicia; quatro anos quando entra na Academia ninja.

Ela tem cinco anos quando vê o que acontece com as crianças Uchiha que vão para o campo de batalha e conseguem sobreviver – e ela é repreendida por chorar porque Amane está aleijado, mas está vivo e é mais do que a maioria consegue fazer.

Kana Uchiha tem seis anos quando é considerada proficiente o suficiente para lutar no conflito de Konoha e Iwa. Aos sete anos ela perde Ikuto-kun e Amu-chan; e seus olhos queimam em um ódio e tristeza que consome tudo ao redor. Seu sensei – quase morto, mas ainda não – aponta seus olhos e segura sua mão, deixando-a a saber que ela tem o sharingan. A guerra acaba e ela de alguma forma sobrevive – e continua sobrevivendo, passando pela patente de chunin, jonin e finalmente à força policial Uchiha, cumprindo seu dever e atendendo quase todas as expectativas que uma Uchiha, uma cidadã de Konoha, um shinobi deveria cumprir.

Quase todas as expectativas atendidas, de fato, porque mesmo com toda dor, guerra, lágrimas, corrupção e crueldade que seus olhos já viram e suas mãos já cometeram...

Ela ainda é mais humana do que arma e seu coração ama muito mais do que deveria.

Ela ama as pessoas, ela ama seu time, ela ama sua vila, ela ama seu clã, ela ama a vida com fervor.

Kana Uchiha tem quinze anos quando Itachi Uchiha, o prodígio, tem algum surto psicótico e começa a massacrar todo clã. Ela corre, corre e corre, segurando o bebê chorando da vizinha, agarrando um primo igualmente desesperado com o irmãozinho no colo e então... então não há mais para onde correr.

Ela luta, mas não é o suficiente – não contra o treinamento refinado e pura genialidade dele. Ela não implora por misericórdia. Ela é uma Uchiha e Uchihas não imploram.

Itachi Uchiha enfia a katana em seu coração.

As crianças estão chorando, agarrando-se a ela enquanto ela sente sua morte recair sob esse corpo.

A última coisa que sabe é a familiar alta resolução que seu sharingan proporciona e seu corpo inteiro como se estivesse queimando. É uma chama que a consome de dentro para fora, que é dor e cura.

Kana Uchiha estava morrendo e, ainda...

Ela nunca se sentiu mais viva.


Beyond Duty and BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora