Beyond Duty and Blood

Um Toque de Cura

Eiko não achava que poderia existir lugar mais bonito que Valfenda. Nem criaturas tão bonitas quanto os elfos. Ela estava errada.

— Você quebrou a pequenina, Yavanna. – Um ser que seus olhos não conseguiam descrever direito falou e Eiko de repente ficou consciente que estava encarando a mulher? Elfa? Nenhuma dessas palavras parecia ser adequada ao ser de beleza diante dela.

Ela riu e Eiko decidiu ali e então que precisava ser amiga dela. Claro, haviam outros seres muito bonitos, mas Eiko decidiu que ela era a mais bonita de todas.

— Uau! Você é linda! – Eiko exclamou, correndo até ela, observando a luz que tudo nela emitia. – Bem, vocês todos são! Mas você é tipo, super-mega-maravilhosa! Seu cabelo é feito de quê? O que são vocês? Podemos ser amigos? Onde estamos? Uau, seus olhos parecem fogo! E os seus, parecem estrelas, que incrível! Minha irmã tem olhos vermelhos, sabia?

Eiko não conseguia se conter, algo sobre todos deixando-a empolgada e cheia de energia; ela saltava de um aldo para outro fazendo perguntas em um fôlego enquanto ficava maravilhada com aquele sonho (?). Se fosse um sonho, era o melhor tipo, porque eles eram gentis e cheios de uma luz quentinha e amor.

Sua mente não conseguia compreender muito bem as feições de nenhum deles, porque pareciam mais belezas da natureza do que formas distinguíveis e ela ficou feliz quando o Sr. Nuvem (ele parecia de cabelos de nuvens) deixou que ela brincasse com seus cabelos. Eram muito macios.

Eles também eram ótimos cantores e ela aplaudia com entusiasmo cada canção que escutava, contente e revigorada. Os Poderes – como ela decidiu nomeá-los em sua mente – estão curiosos sobre ela e lhe perguntam de sua vida. Kana disse para não confiar em estranhos, mas ela não consegue parar de falar sobre tudo e todos que ela amava com aqueles seres maravilhosos. Ela sabe que podia confiar neles. Eles eram bons.

—... e então Kana foi embora para recuperar meus irmãos e me deixou com os elfos e eles são incríveis! Principalmente Eri, Hally e Glorius! Mas Hally estava sumindo. E aí! E aí! Eu consegui usar chakra! Euzinha! Acredita nisso? – Ela guincha, feliz.

O tempo passa de forma rápida ali, na presença deles e mesmo que ela não queira, uma hora o cansaço chega, o que é engraçado porque ela não estava sonhando? Então porque estava com sono?

Oh, bem, isso não importava muito. A Rainha das Flores deixou ela se aconchegar para dormir e Eiko abri um sorriso sonolento enquanto questiona:

— Você é uma mãe, não é? Você tem a aura de mãe. É até melhor que a de Kana, mas não diga pra ela. – Há uma risada cristalina da Rainha e Eiko dorme.

*

Eri está ao seu lado. Ele parece preocupado e velho, mesmo que seu rosto ainda seja jovem. Mas todos os elfos pareciam um pouco velhos, de qualquer forma.

— Eri... – Ela diz e o elfo se agita e Eiko se surpreende com o abraço repentino que o mais velho lhe dá.

— Eiko, graças a Eru, você acordou! Nunca mais nos assuste assim, criança! – Ele repreende a pequena mortal, seu coração ficando aliviado agora que ela estava consciente.

"Embora, talvez não tão mortal quanto pensávamos." – Ele pensa, lembrando das palavras no pergaminho que leu, orientações de Kana.

Eiko fecha os olhos inspirando o cheiro de Eri, contente. Ela fica confusa então quando ele fica tenso e separa o abraço e lhe dá O Olhar de Repreensão.

— Não use seu chakra, mocinha. Foi isso que lhe deixou em apuros, você está proibida de usar isso com frequência. – Ele repreende e só então Eiko percebe a camada esverdeada recobrindo sua pele e a surpresa interrompe o fluxo de chakra.