Beyond Duty and Blood

Muros de Uma Fortaleza

Kana passa seu último dia em Valfenda o máximo de tempo que pode com Eiko. Ela deixa com a criança dois pergaminhos – um para o raríssimo caso de Eiko usar seu chakra ou ativar seu Sharingan, e outro explicando sobre a decisão de Eiko em se tornar como elfos quanto a usa mortalidade, no caso de Kana não conseguir voltar por alguns anos e algo viesse a acontecer a Eiko. Ela realmente espera que o último não seja aberto. A Uchiha também deixa, com um pouco de divertimento agridoce, a kunai que Eiko parecia tão determinada a pegar dela, dizendo que "uma ninja de verdade tem pelo menos uma kunai".

É novembro; graças a sua ajuda, as patrulhas foram mais rápidas e ao completar um mês eles estavam prontos para partir. Agora, a adolescente pisca os olhos ônix para a Sociedade reunida nos portões de Valfenda, vislumbrando aqueles que ficavam e os seus companheiros de viagem com algo quase como nervosismo e expectativa.

Céus. Ela sentia falta de estar em missão. Tanto que, na verdade, ela quase deseja que haja algum inimigo em breve – embora, mais do que provavelmente não haverá já que os guardas de Valfenda se certificaram de uma busca completa.

— Chegou a hora —disse Elrond, tirando sua atenção que vagava repetidamente para Eiko, nos braços de Glorfindel, ou, quando não, ficavam estudando o elfo de Mirkwood. — Se o Anel deve partir, é preciso que vá agora. Você ainda mantém sua palavra, Frodo, de que será o Portador do Anel?

— Sim — disse Frodo. — Irei com Sam.

— Esta é minha última palavra — disse ele em voz baixa. – O Portador do Anel está partindo na Demanda da Montanha da Perdição. Apenas sobre ele recaem exigências: de não se desfazer do Anel, nem entregá-lo a qualquer servidor do Inimigo, nem sequer deixar que qualquer pessoa o toque, com a exceção de membros da Comitiva e do Conselho, e mesmo assim apenas em caso de extrema necessidade.

"Bons conselhos." – Ela pensa, e, enquanto escuta apenas meio atenta, ela ajusta sua máscara sobre o rosto, quando Legolas a pega olhando-o para ele. Seu rosto queima em vergonha pelo deslize; ela é eternamente grata que o primeiro instinto do elfo seja sorrir em resposta e, no máximo, erguer uma sobrancelha curiosa. Ah, e, claro, ela também era grata por sua sempre constante máscara porque os céus sabem o quanto seu rosto ficava rosado ao menor sinal de constrangimento. Desvantagens de ter uma pele pálida como a dela.

— Os outros partem com ele como companheiros livres, para ajudá-lo no caminho. A vocês é permitido permanecer em algum ponto, ou voltar, ou desviar por outros caminhos, como o destino permitir. Quanto mais avançarem, mais difícil será recuar; apesar disso não lhes e impingido qualquer juramento ou compromisso de continuar além do que estiverem dispostos. – Kana se concentra em Elrond, e o elfo está lhe fitando com uma certa ternura paternal ao falar aquelas últimas palavras em particular. Ela quer revirar os olhos e ignorar como aquele sinal sutil de que ela poderia "desistir", que ela não estava sendo obrigada a nada, foi muito significativo para ela. Ela nunca realmente teve ninguém lhe reafirmando que estava "tudo bem" se ela não quisesse ir em missão. Ela era uma Uchiha de Konoha. Ela tinha que aceitar a missão, qualquer que fosse, e voltar com sucesso.

As coisas eram diferentes na Terra-Média. Ela não tinha mais um hokage ou uma vila a responder – embora, ela suspeitasse que encontrara alguém que valia a pena servir, mas só o futuro iria provar isso. Ela ainda tinha que agir por dever, no entanto, e nesse sentido ela estava partindo em missão porque não tinha escolha tanto quanto se estivesse em Konoha. Desta vez, porém, seu dever era o de uma irmã e ela nunca iria vacilar ou se arrepender de qualquer missão que pudesse leva-la a seus irmãos novamente.

— Partam agora com coragem nos corações! Adeus, e que a bênção dos elfos e dos homens e de todos os Povos Livres os acompanhe. Que as estrelas brilhem em seus rostos!