Avisos! Tortura, violência gráfica, etc.*
— Visão do paraíso! – Katsuo declara com alívio, sentindo-se imensamente grato pela visão dos portões da aldeia. Kana bufa e revira os olhos para o exagero do garoto; não é como se eles fossem tão lentos quanto os civis, então entrar em Rohan havia levado um mês, pela floresta Mirkwood (onde ela teve que dissuadir Eiko e Katsuo de perturbar elfos) e, afinal, eles chegaram à última das aldeias de Rohan antes de entrar no território de Isengard.
Foi uma experiência interessante, para dizer o mínimo. Ela teve de ter o dobro de sua atenção nas crianças, que pareciam absurdamente curiosas com cada aldeia que eles chegavam. Curiosidade essa recíproca, pois ela teve de diversas vezes de recusar habitantes hospitaleiros que se compadeciam de crianças com facilidade demais.
“Esse mundo é estranho.” Ela pensa pela centésima vez, recordando as expressões de alguns nativos ao perceber que ela era uma mulher viajando com três crianças e uma peculiar escolha de animal de estimação.
Céus, mas era divertido vê-los quase se mijar com a aparência de Raijin, que agora parecia muito mais feroz, com cicatrizes e um pedaço da orelha faltando.
O híbrido em questão, como se sentisse que ela pensava nele, se aproximou e ela o estudou com carinho e um pouco impressionada, o animal já estava na altura de sua costela quando de quatro e a ultrapassava quando ficava em duas patas. Eiko, montada em Raijin, a olha com uma expressão exigente.
— Vamos comer torta de maçã, certo? Você prometeu que me daria doce se eu conseguisse contar os números.
Kana balançou o cabelo de Eiko, e meneou a cabeça em concordância. A menininha guinchou feliz e a Uchiha mais velha viu com o canto dos olhos os dois garotos com o semblante suave.
“Aposto que Katsuo está lutando para não abraçar a coisinha petulante.”
— Vamos. Tenho que fazer o reconhecimento da área o mais rápido possível e confirmar que essa aldeia é segura para vocês ficarem.
Uma vez que a jovem explorou a aldeia e pagou por um mês de estalagem, eles se acomodaram no quarto, todos cansados de viagem.
— Hoje eu fico aqui com vocês, mas a partir de amanhã vocês terão de ter cuidado redobrado, pois eu não retornar por um tempo. Sempre que saírem, Katsuo deve lançar um genjutsu para que vocês fiquem parecidos com as pessoas dessa terra. Mandarei clones de dois em dois dias para me comunicar com vocês. Não sei quanto tempo vai levar para coletar mais informações desse Saruman e de Sauron, mas de qualquer forma voltarei ao final do mês.
— Mas... Kaachan... Você tem que mesmo ir? – A mais nova Uchiha questiona, beicinho e olhos lacrimosos.
— Sim. Se eu não for, vão ter mais homens malvados que querem nos machucar, como os do mês passado. Agora, xô, todos vocês, tomem um banho para que possamos comer algo e dormir.
Kana observou Eiko e Katsuo saírem do quarto, de mãos dadas, e Riki ficou ao seu lado, dando-lhe um olhar preocupado.
— Você não deveria ir sozinha. E se você se machucar? E se... e se você não voltar?
Havia medo em seus olhos, uma vulnerabilidade que a deixou desconcertada e alegre. Ainda era tão surreal que ela havia encontrado pessoas que se importavam com ela, ao invés de simplesmente vê-la como uma arma.
Se ela fosse uma Uchiha adequada, ela o repreenderia por ser tão aberto com suas emoções, mas como sua amiga Saori Yamanaka dizia “foda-se a regra 25, ainda somos humanos mesmo sendo ninjas”. Ela se agachou, ficando no nível do menino de 8 anos e o fitando com ternura.
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Beyond Duty and Blood
FanfictionExiste uma nova criatura perigosa na Terra-Média. Legolas sabia que não era sábio procurar ser amigo de algo tão perigoso. Mas, novamente, também não era sábio para um elfo se tornar amigo de um humano e lá foi ele e o fez de qualquer forma. Então...